As celebrações dos 80 anos do presidente cubano, visit this site diagnosis Fidel Castro, começaram na terça-feira. Ele próprio – afastado do poder por motivo de saúde desde o final de julho – não compareceu, mas centenas de admiradores de todo o mundo estavam lá para as homenagens.
A inauguração de uma exposição do artista favorito de Fidel, Oswaldo Guayasamín, marcou o primeiro dos cinco dias de evento que, para alguns dos participantes, parece mais uma despedida do que um aniversário.
Na quarta-feira deve ocorrer um espetáculo de "gala cubana". Na agenda constam também uma reunião sobre o lugar de Fidel na história, um concerto e um desfile militar na principal praça de Havana, no sábado.
Desde que foi internado, em 31 de julho, Fidel só aparece em fotos e rápidos vídeos. A sua participação no evento dominou os preparativos para esta semana e ofuscou sua intenção festiva.
O ministro da Cultura, Abel Prieto, disse na abertura da exposição que ainda não sabe quais são os planos de Fidel. "Não sei se ele vai aparecer. Ele está ciente do evento e pergunta como está indo", afirmou a jornalistas.
Depois de verem um vídeo do final de outubro em que ele aparece frágil e hesitante, muitos cubanos acham que ele está velho e doente demais para retomar o poder.
"Mais do que uma celebração de aniversário, o que veremos em 2 de dezembro será uma despedida", disse o soldado da reserva Ramón, 55, morador de Santiago de Cuba.
Mas a ausência de Fidel não esfriou o ânimo de simpatizantes vindos de lugares tão distantes quanto Etiópia e Laos. "Viemos comemorar seu aniversário. Há 25 anos, ele fez um bom trabalho para o povo etíope", disse o artista Lemma Guya, referindo-se a milhares de soldados e centenas de médicos enviados para o país africano naquela época pelo regime comunista cubano.
"Fidel Castro é um representante dos povos oprimidos e dos intelectuais ativistas", disse o escritor esquerdista e professor universitário norte-americano James Cockcroft. "Todos nós estamos preocupados com a saúde dele."
As autoridades dizem que 1.500 convidados de 80 países participarão das celebrações, entre eles os presidentes Evo Morales (Bolívia), René Préval (Haiti) e o recém-eleito Daniel Ortega (Nicarágua). O venezuelano Hugo Chávez, amigo e principal aliado de Fidel, não irá porque disputa uma reeleição no domingo.
O aniversário de Fidel ocorreu em 13 de agosto, mas a celebração foi adiada, a pedido dele, para coincidir com o 50o aniversário do dia em que ele e seus seguidores desembarcaram em Cuba no barco Granma para fazer a revolução, que seria vitoriosa em 1959.