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Fabricante de fuzil usado em massacre no Texas não participará de evento pró-armas

“Pensamos que não é apropriado fazer a promoção de nossos produtos esta semana no Texas, durante o encontro da NRA”

Redação Jornal de Brasília

26/05/2022 20h22

Foto: Reprodução/Web

A Daniel Defense, fabricante do fuzil de assalto usado no massacre de terça-feira em uma escola de ensino fundamental do Texas, informou nesta quinta (26) que cancelou sua participação na convenção anual do principal grupo de lobby em favor das armas nos Estados Unidos.

“A Daniel Defense não comparecerá à reunião da Associação Nacional do Rifle [NRA, na sigla em inglês] devido à horrível tragédia em Uvalde, Texas, onde um de nossos produtos foi usado para fins criminosos”, anunciou um porta-voz da companhia à AFP.

“Pensamos que não é apropriado fazer a promoção de nossos produtos esta semana no Texas, durante o encontro da NRA”, que este ano será realizado na cidade de Houston (sul), entre sexta e segunda-feira, acrescentou.

Em um tweet publicado em 16 de maio em seu perfil, que agora está trancado, a fabricante de armas difundiu uma foto de um menino pequeno manipulando um fuzil de assalto, acompanhado da legenda: “Ensine um menino a seguir o caminho que deve ser seguido, pois, quando ele crescer, não vai se desviar do mesmo”.

O ex-presidente americano Donald Trump garantiu, por sua vez, que estará presente no evento da NRA.

Em uma mensagem publicada em sua rede social, Truth Social, Trump rechaçou os “políticos” e as “considerações partidárias”, evidenciando sua oposição a seu sucessor, Joe Biden, que, por outro lado, pediu que se enfrente “o lobby das armas”.

A NRA se posicionou na quarta-feira sobre o massacre em Uvalde, afirmando que se tratava de uma ação “de um criminoso solitário e perturbado” e rejeitando qualquer responsabilidade no ataque.

Nos Estados Unidos, os ataques de atiradores são um problema frequente que os sucessivos governos não conseguiram erradicar até agora, incapazes de aprovar leis ambiciosas em âmbito nacional sobre o assunto, particularmente devido ao poder dos grupos de lobby em favor das armas.

© Agence France-Presse

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