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Empresa japonesa perde contato com sonda espacial que tentava pousar na Lua

“Perdemos a comunicação” com a sonda Hakuto-R, por isso “devemos assumir que não conseguimos concluir o pouso na superfície lunar”, disse o diretor-geral

Redação Jornal de Brasília

25/04/2023 16h37

Foto: AFP/NASA

A start-up japonesa que tentava se tornar a primeira empresa privada a colocar um módulo de pouso na Lua informou, nesta terça-feira (25), que perdeu contato com a sonda, pouco depois da hora prevista para o pouso.

“Perdemos a comunicação” com a sonda Hakuto-R, por isso “devemos assumir que não conseguimos concluir o pouso na superfície lunar”, indicou Takeshi Hakamada, fundador e diretor-geral da Ispace.

“Nossos engenheiros vão continuar analisando a situação”, acrescentou.

O plano parecia seguir como o previsto, quando a sonda, que estava em órbita há um mês a cerca de 100 km da Lua, iniciou a operação totalmente automática que a levaria ao solo lunar por volta das 16h40 GMT (13h40 de Brasília) de terça-feira.

No entanto, depois de várias minutos de espera e tentativas frustradas de restabelecer o contato com a espaçonave, as equipes tiveram que admitir que a haviam perdido de vista.

Hakamada anunciou, então, a má notícia à empresa por meio de um vídeo, no qual garantiu que a Ispace continuará com seus “esforços para futuras missões”.

O sucesso da empreitada, no entanto, não era garantido. Em abril de 2019, um módulo da empresa israelense SpaceIL caiu na superfície lunar, destino semelhante ao da sonda indiana Vikram, no mesmo ano.

Até o momento, apenas Estados Unidos, Rússia e China foram bem-sucedidos em colocar um robô na Lua, localizada a cerca de 400 mil quilômetros da Terra. Em todos os casos, as missões foram promovidas pelo governo.

A sonda da Ispace havia sido lançada por um foguete da SpaceX em dezembro, da base de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA). Ela transportava vários veículos lunares, incluindo um modelo japonês em miniatura de apenas oito centímetros.

O projeto Hakuto (“coelho branco” em japonês), foi um dos cinco finalistas na competição Lunar X do Google para pousar um ‘rover’ na Lua antes de 2018, prazo que expirou sem ter um vencedor.

Com apenas 200 funcionários, a Ispace explica que “quer estender a esfera da vida humana ao espaço e criar um mundo sustentável fornecendo serviços de transporte de alta frequência e baixo custo à Lua”.

Hakamada garante que a missão tem o objetivo de “liberar o potencial da Lua e transformá-la em um sistema econômico robusto e vibrante”.

A empresa acredita que o satélite natural da Terra possa abrigar uma população de 1.000 pessoas em 2040, além de 10.000 visitantes anuais.

© Agence France-Presse

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