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Corpo do chefe da máfia Messina Denaro é levado de volta à Sicília

Messina Denaro, de 61 anos, estava detido desde janeiro em uma prisão de segurança máxima em L’Aquila, no centro da Itália

Redação Jornal de Brasília

26/09/2023 17h40

Foto: EFE/EPA/CARABINIERI

A polícia italiana escoltou nesta terça-feira (26) o corpo do chefe da máfia Matteo Messina Denaro de volta à sua cidade natal na Sicília, onde está programado para ser enterrado em uma pequena cerimônia, de acordo com a mídia local.

Messina Denaro, de 61 anos, estava detido desde janeiro em uma prisão de segurança máxima em L’Aquila, no centro da Itália, após três décadas como fugitivo. Ele morreu na segunda-feira em um hospital, levando consigo seus segredos.

Seu caixão foi transportado em um veículo que partiu do hospital e espera-se que chegue a Castelvetrano, na Sicília, nas primeiras horas de quarta-feira, de acordo com a agência de notícias ANSA.

A polícia normalmente proíbe funerais de chefes da máfia, e apenas alguns membros da família – incluindo duas irmãs e um irmão – têm permissão para comparecer ao funeral no cemitério da cidade, de acordo com a mesma fonte.

Messina Denaro foi um dos chefes mais cruéis da ‘Cosa Nostra’, o maior grupo mafioso da Itália.

Ele foi condenado pelos tribunais por seu envolvimento nos assassinatos dos juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino em 1992, além de ataques mortais com explosivos em Roma, Florença e Milão em 1993.

Uma das seis prisões perpétuas que pesavam sobre ele foi imposta pelo sequestro e subsequente assassinato do filho de 12 anos de uma testemunha do caso Falcone.

Messina Denaro desapareceu em 1993 e passou os 30 anos seguintes como fugitivo, durante os quais a Itália perseguiu a máfia siciliana.

No entanto, ele continuou figurando no topo da lista dos mais procurados da Itália e, com o tempo, se tornou uma figura lendária.

Em 16 de janeiro de 2023, ele foi detido durante uma visita a uma clínica em Palermo, onde estava sendo tratado contra o câncer usando uma identidade falsa.

© Agence France-Presse

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