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Capital de Uganda tem vigilância reforçada após duplo atentado

Os investigadores continuam inspecionando os locais dos ataques, que deixaram três mortos e 33 feridos, segundo as forças policiais

Redação Jornal de Brasília

17/11/2021 8h15

Foto: Reprodução/AFP

Kampala, a capital de Uganda, teve sua vigilância reforçada nesta quarta-feira (17), com ruas bloqueadas e postos de controle e patrulhas armadas instalados nas ruas, um dia depois de um duplo atentado suicida reivindicado pelo grupo do Estado Islâmico (EI).

As duas explosões ocorreram pela manhã, com três minutos de intervalo, perto do quartel-general da polícia e do Parlamento, no distrito financeiro e administrativo de Kampala.

“A segurança foi reforçada em Kampala e em seu entorno para garantir que a população esteja protegida de qualquer perigo”, disse à AFP o porta-voz da polícia metropolitana da capital ugandesa, Like Owoyesigyire.

Hoje pela manhã, via-se muitos policiais e militares nas ruas de Kampala, assim como pontos de controle em algumas avenidas, provocando engarrafamentos, observou um jornalista da AFP no local.

Os investigadores continuam inspecionando os locais dos ataques, que deixaram três mortos e 33 feridos, segundo as forças policiais. De acordo com a Cruz Vermelha de Uganda, a maioria dos feridos são policiais.

O primeiro ataque teve como alvo um posto de controle próximo ao QG da polícia por um homem carregando uma bomba em uma mochila. No segundo, dois homens “disfarçados de mototáxis” deflagraram sua carga explosiva, perto da entrada do Parlamento.

As forças de contraterrorismo detiveram um quarto terrorista e “apreenderam um dispositivo explosivo caseiro não detonado de sua casa”, relatou ontem a polícia.

A explosão perto das instalações da polícia destruiu janelas, e a outra, perto do Parlamento, incendiou veículos estacionados na área.

A polícia de Uganda atribuiu o duplo atentado de terça-feira (16) a um “grupo local ligado às ADF”, as Forças Democráticas Aliadas, uma rebelião ativa no leste da vizinha República Democrática do Congo (RDC).

Posteriormente, no entanto, o Estado Islâmico (EI) assumiu a responsabilidade pelos ataques, em nota publicada ontem em seus canais no aplicativo de mensagens instantâneas Telegram. Nela, o EI anunciou que os ataques foram cometidos por três homens-bomba.

Este é o segundo atentado mortal em Uganda reivindicado pelo EI em poucas semanas. Em 23 de outubro, o grupo já havia reivindicado a autoria de atentado a bomba em um restaurante de Kampala. Nesta ocorrência, uma garçonete morreu, e várias pessoas ficaram feridas.

Desde abril de 2019, o EI assume a responsabilidade por alguns ataques cometidos pelas ADF, às quais se refere como sua “Província da África Central” (Iscap, na sigla em inglês).

Em março, os Estados Unidos incluíram as ADF à sua lista de “organizações terroristas” afiliadas ao EI.

© Agence France-Presse

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