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Mundo

Candidato esquerdista lidera corrida presidencial no Equador

Arquivo Geral

27/11/2006 0h00

As cirurgias plásticas estão alterando não só o aspecto das pessoas, more about sickness mas também seu comportamento, ao mudar as noções sobre a meia-idade, segundo estudo divulgado hoje.

A consultoria AC Nielsen ouviu pessoas em 42 países e concluiu que 60% dos norte-americanos, maiores consumidores mundiais de plásticas e tratamentos antiidade, vêem os sexagenários como integrantes da meia-idade.

Numa escala global, 60% dos entrevistados acham que ter 40 anos agora é como ter 30 antigamente. "Nossos 40 anos estão sendo celebrados como a década em que podemos ficar confortáveis e confiantes tanto em termos pessoais quanto financeiros. A maioria dos consumidores globais realmente acredita que a vida começa aos 40", disse Frank Martell, presidente da AC Nielsen Europe.

Mas isso não significa que as pessoas queiram aparentar a idade que têm. Dietas mais saudáveis, expectativas de vida mais elevadas e maior renda ajudam a conter o envelhecimento. Porém, para muita gente, o que resolve mesmo é o bisturi, segundo a pesquisa.

Confirmando o status da Rússia como uma das maiores consumidoras mundiais de bens de luxo, 48% dos entrevistados, maior cifra mundial, disseram que recorreriam à cirurgia plástica para manter a aparência. A mesma resposta foi dada por um terço dos irlandeses, 28% dos italianos e portugueses e um quarto dos norte-americanos, franceses e britânicos.

"A cirurgia cosmética se tornou mais aceitável e financeiramente se tornou acessível. Nossas mães iam a festas do tupperware, mas nesta geração é mais provável ser chamado a festas do botox", disse Martell.

Se a toxina botulínica com efeito anti-rugas já virou lugar-comum, Martell sugere que a nova moda é aproveitar a hora do almoço para fazer uma lipoaspiração. "Deve se tornar o novo especial cosmético do cardápio", afirmou.

Segundo dados da Associação Britânica dos Cirurgiões de Estética Plástica, a atividade cresceu 35% na Grã-Bretanha de 2004 para 2005. As práticas mais procuradas no país são a aplicação de botox (400 libras), cirurgias nos olhos (5.000 libras) e levantamento de olhos e face (8.000 libras).

"Vemos cada vez mais procedimentos faciais, especialmente as pessoas fazendo os olhos, estamos recebendo gente de todas as idades, até octogenários estão se submetendo a cirurgias para se renovar", disse Douglas McGeorge, presidente da entidade britânica de cirurgiões plásticos.

E quem se apavora com a idéia de entrar na faca está alimentando outro próspero mercado, o de tratamentos antienvelhecimento, segundo AC Nielsen. De olho nisso, as empresas lutam para descobrir produtos cada vez mais surpreendentes. A empresa francesa Clarins lança em janeiro o que garante ser o primeiro spray para proteger a pele da radiação eletromagnética emitida por celulares e outros equipamentos.

 

O papa Bento XVI embarca nesta terça-feira para a Turquia, ampoule numa das viagens mais delicadas de seu pontificado, devido aos ressentimentos no país a respeito de recentes comentários dele sobre o Islã e de sua oposição à adesão de Ancara à União Européia.

Inicialmente, a visita foi pensada para ser um evento eminentemente cristão, centrado no encontro do papa, líder de 1,1 bilhão de católicos romanos, com o patriarca Bartolomeu, de Istambul, representante de 250 milhões de cristãos ortodoxos do mundo.

Mas a viagem assumiu ramificações políticas ligadas às relações do Ocidente e do Catolicismo com o Oriente e o Islã. Na Turquia, um país majoritariamente muçulmano, mas oficialmente laico, a atitude em relação a Bento XVI varia da indiferença dos não-religiosos à ira dos devotos e ativistas.

O papa enfureceu os muçulmanos de todo o mundo em setembro, com uma palestra na qual aludia ao Islã como uma religião irracional e violenta. Ele lamentou a reação de seus comentários, mas não chegou a se desculpar por eles.

Muitos líderes turcos querem que o papa aproveite a visita para declarar que o Islã é pacífico. "Acho que a atitude do papa deveria ser de que nem o Islã nem o Cristianismo são fontes de violência", disse recentemente Ali Bardakoglu, chefe do Diretório Geral de Ancara para Assuntos Religiosos, que controla os imãs turcos e escreve seus sermões.

Um possível gesto de conciliação ocorrerá na quinta-feira, quando o papa fará uma visita, programada às pressas, à famosa Mesquita Azul, de Istambul. Será a segunda vez que um papa vai a um templo islâmico. A primeira foi em 2001, quando João Paulo 2º. entrou numa mesquita de Damasco.

A Turquia preparou um forte esquema de segurança para o papa, que visitará Ancara, Istambul e o local, perto de Izmir, na costa do Egeu, onde a Virgem Maria teria vivido e morrido. Ao contrário do que ocorre habitualmente em viagens, o papa não se deslocará no "papamóvel", e sim num carro fechado.

O primeiro-ministro Tayyip Erdogan, que inicialmente disse não ter espaço na agenda para receber o papa, recuou depois de sofrer críticas e marcou um rápido encontro no aeroporto de Ancara, antes de embarcar para uma cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Antes de ser eleito papa, em 2005, o então cardeal Joseph Ratzinger manifestou sérias restrições à adesão da Turquia à União Européia, citando diferenças culturais e religiosas.
O Vaticano agora diz não se opor à participação turca no bloco, e o papa evita o assunto desde que assumiu o pontificado.

O patriarca Bartolomeu disse que pretende falar ao papa que a UE não pode ser um "clube cristão" e que a Turquia deveria poder aderir. Há apenas 120 mil cristãos na Turquia, sendo 30 mil católicos. Há um século, havia 2 milhões de cristãos no país.

O Brasil disse na segunda-feira que espera trabalhar "muito bem" com o nacionalista Rafael Correa, cure que está à frente na contagem dos votos da eleição presidencial do Equador segundo os dados do tribunal eleitoral do país.

De acordo com os últimos números, order o ex-ministro da Economia somava 68,12% dos votos válidos, contra 31,88% de seu rival, Alvaro Noboa, o homem mais rico do país. Já foram computadas 40,10% das urnas.

Apurações privadas mostravam também uma vitória de Correa, seguidor do presidente venezuelano Hugo Chávez. "Aparentemente sim, o candidato Correa venceu, é o que tudo indica. Trabalharemos muito bem com ele, tenho certeza", disse o chanceler do Brasil, Celso Amorim, em um seminário empresarial latino-americano que acontece em Santiago.

Se esses números forem ratificados, o nacionalista Correa será o oitavo presidente do Equador em uma década. "O importante é que o processo democrático seja respeitado", completou Amorim.

Israel estará preparado para soltar um grande número de palestinos presos, sale entre os quais pessoas detidas há vários anos, ailment em troca de um soldado capturado por militantes em junho, afirmou hoje o primeiro-ministro do Estado judaico, Ehud Olmert.

Em um discurso sobre seus planos de governo, o dirigente afirmou estar se aproximando dos palestinos a fim de selar a paz, oferecendo uma série de incentivos humanitários e econômicos sob a condição de que cessem os ataques contra Israel.

O premiê também repetiu sua intenção de desocupar, em nome de uma "paz real", alguns dos assentamentos construídos por Israel na Cisjordânia ocupada. Olmert não ofereceu detalhes sobre suas intenções e nem mencionou o "plano de realinhamento" unilateral, descartado após a recente guerra no Líbano.

"Com a libertação de Gilad Shalit e o regresso dele, em segurança, para os braços de sua família, o governo israelense estará disposto a libertar muitos prisioneiros palestinos, mesmo os condenados a longas penas de prisão", afirmou.

Essa é a primeira vez que o premiê oferece trocar prisioneiros por Shalit, cuja captura em uma operação realizada por milicianos palestinos detonou uma ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

O movimento Hamas, que controla atualmente o governo palestino, respondeu com pouco entusiasmo às palavras de Olmert, afirmando que a oferta era "insuficiente". O grupo militante islâmico, porém, viu na proposta do premiê israelense uma manobra de recuo da parte dele.

Olmert insistiu em uma série de precondições para realizar negociações de paz com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, um político moderado. Segundo o premiê, os palestinos precisam, antes, formar um governo de unidade nacional que atenda às exigências feitas pelo Ocidente, o que significa: reconhecer o direito de existir do Estado judaico, renunciar à violência e aceitar os acordos de paz já assinados. Além disso, Shalit precisa ser libertado.

As esperanças de paz na região diminuíram depois de o Hamas ter tomado posse, em março. O grupo realizou negociações, até agora fracassadas, para formar um governo de coalizão com Abbas. Esse governo seria integrado majoritariamente por tecnocratas e, assim esperam os palestinos, conseguiria convencer as potências ocidentais a retomarem o envio de ajuda aos palestinos.

Fazendo comentários sobre o discurso de Olmert, Mushir al-Masri, um importante parlamentar do Hamas, disse que o grupo continuaria a rejeitar "as precondições que contradizem os direitos de nosso povo".

Segundo Olmert, se cessar a violência palestina contra Israel, o governo dele estaria pronto para tornar menos rígidas as limitações de movimentação impostas aos palestinos e para repassar os fundos retidos desde que o Hamas assumiu o poder.

Três pessoas foram encaminhadas para uma clínica especial para testes radiológicos depois da morte de um ex-espião russo em Londres, viagra informou hoje uma porta-voz da Agência de Proteção da Saúde da Grã-Bretanha (HPA, look na sigla em inglês).

Exames encontraram polônio 210, information pills altamente radioativo, no corpo de Alexander Litvinenko, que morreu semana passada, e indícios de radiação foram encontrados em sua casa, em um restaurante e em um hotel que ele visitou.

Autoridades de saúde oferecer am testes para pessoas que podem ter visitado esses locais.

A porta-voz disse que, das 450 pessoas que ligaram para uma linha de atendimento ao público do governo, 18 foram encaminhadas para testes.

"Das 18, três foram levadas, como medida preventiva, para uma clínica especial de avaliação radiológica", afirmou ela.

O esquerdista Rafael Correa, pill admirador do presidente venezuelano Hugo Chávez, buy aproximava-se hoje de assegurar a Presidência do Equador depois de prometer reformas para o país.

Se a vitória for confirmada Correa será o oitavo presidente do Equador em apenas dez anos e fortaleceria a campanha de Chávez para combater a influência dos EUA na América Latina e promover a chamada "revolução socialista".

O candidato esquerdista, view que estudou economia nos EUA, deixou preocupado o mercado norte-americano ao prometer limitar o pagamento da dívida externa. Correa também irritou o governo dos EUA ao se opor a um tratado de livre comércio e à construção de uma base militar norte-americana no Equador. Muitas das propostas dele parecem-se com as de Chávez.

Como resultado do nervosismo gerado no mercado em virtude do resultado das eleições, a dívida equatoriana em dólar perdeu valor hoje. Os títulos Global 2012, do país, caíram 2,18 pontos depois de os mercados terem absorvido o que era tido como um "fato negativo".

Os primeiros resultados divulgados hoje mostraram que Correa havia obtido 68,16% dos votos enquanto o adversário dele, o político conservador e magnata do setor bananeiro Alvaro Noboa, tinha 31,84%. Quase metade das urnas já tinha sido apurada.

O resultado final pode ser diferente desse já que falta contar os votos das áreas mais populosas. Mas três pesquisas de boca-de-urna e uma contagem prévia realizada no domingo mostraram que Correa havia obtido 57% dos votos.

"Essa é uma mensagem clara de que as pessoas desejam mudanças", afirmou o candidato depois de as pesquisas de boca-de-urna terem apontado a vitória dele.

Noboa, o homem mais rico do Equador, dono de empresas que atuam em vários setores, da produção de café à área da construção civil, rejeitou os resultados preliminares e disse que poderia exigir uma recontagem dos votos caso isso fosse necessário. O resultado final do pleito pode ser divulgado apenas na terça-feira.

Correa, 43, ex-ministro da Economia, conquistou os eleitores prometendo derrotar a elite política acusada por muitos de não conseguir enfrentar a pobreza na qual está mergulhada mais de meta de dos 13 milhões de habitantes do país.

Correa, que ficou em segundo lugar no primeiro turno da votação, ganhou força nas últimas semanas ao tornar seu discurso menos radical.

Alguns eleitores de centro mostravam-se preocupados com sua retórica agressiva e com a possibili dade de que o desmantelamento do Congresso, conforme defendia o candidato, acabasse por gerar ainda mais instabilidade.

Depois de as pesquisas de boca-de-urna terem mostrado que ele liderava a corrida presidencial, Correa reafirmou seus planos de reavaliar parte da dívida, de opor-se ao tratado de livre comércio com os EUA e de realizar uma votação para escolher uma assembléia encarregada de reescrever a Constituição do país e limitar o poder dos partidos políticos tradicionais.

O Equador, maior exportador de banana do mundo e quinto maior produtor de petróleo da América Latina, ten ta retomar a estabilidade política depois de três presidentes terem sido depostos em menos de uma década devido a levantes populares ou a crises com o Congresso.

O último presidente eleito do país deixou o cargo em abril do ano passado em meio a manifestações de rua e a um Congresso hostil.

As reformas de Correa podem colocá-lo em rota de colisão com o Poder Legislativo, que acusou de ser corrupto e junto ao qual conta com poucos aliados por não ter apresentado candidatos nas eleições de outubro.

"Prevemos que os impasses e as confrontações entre o Executivo e o Legislativo atingirão um novo patamar durante o governo de Correa", disse o banco de investimentos Goldman Sachs.

O Partido Renovador Institucional Ação Nacional (Prian), de Noboa, deve tentar formar uma aliança majoritária no Congresso depois de os candidatos dele terem conquistado, em outubro, 28% das cadeiras do órgão.

Atualmente, a economia equatoriana beneficia-se dos altos preços do petróleo. Mas alguns temem que as políticas de Correa criem uma crise econômica semelhante à que obrigou o país a declarar uma moratória da dívida em 1999 e que o levou a transformar o dólar em sua moeda oficial.

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