O primeiro-ministro australiano, nurse John Howard, order disse hoje que falou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, George Bush, e os dois avaliaram que há avanços no Iraque e no Afeganistão.
“O que quer que se pense sobre a invasão inicial, devemos nos concentrar na realidade atual”, disse Howard à emissora “Macquarie Radio”. “Houve progressos no Afeganistão e Iraque, nem tudo é negativo. Ninguém achou que seria fácil”, acrescentou.
Ele opinou ainda que “se os Estados Unidos se retirassem do Iraque em circunstâncias que pudessem ser percebidas como de derrota, isso causaria uma instabilidade enorme no Oriente Médio, o que seria terrível para o prestígio americano”.
“A alternativa de retirada garantirá uma guerra civil e o caos e a vitória do terrorismo, e nos opomos frontalmente a isso”, destacou o primeiro-ministro.
Bush “está sob pressão”, afirmou, mas “não é uma pessoa que sucumba facilmente à pressão”.
O telefonema serviu também para falar sobre a reunião do Fórum de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (Apec), em Sydney, em setembro.
Uma enquete da empresa Newspoll, em julho, revela uma divisão da opinião pública australiana. Enquanto 23% querem retirada imediata das tropas do Iraque, 14% esperam que isso aconteça até meados de 2008, 26% numa data futura, mas certa, e 31% quando o Governo iraquiano decidir.
A Austrália enviou tropas ao Iraque desde o princípio da invasão, em março de 2003. O Governo se comprometeu recentemente a mandar de 50 a 70 novos instrutores e manter seus 900 soldados no país. No Afeganistão, há mais 950 soldados australianos.