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Biden ordenará que Exército dos EUA estabeleça porto em Gaza para ajuda humanitária

O anúncio não implica a presença de tropas americanas na Faixa, pois os militares permanecerão em alto-mar enquanto outros aliados participam

Redação Jornal de Brasília

07/03/2024 14h56

Foto: by Brendan Smialowski / AFP

O presidente americano, Joe Biden, informará ao Congresso, nesta quinta-feira (7), que ordenou ao Exército dos EUA estabelecer um porto em Gaza para fazer chegar mais ajuda humanitária ao sitiado território palestino, informaram altos funcionários do governo.

“Esta noite, o presidente anunciará, em seu discurso sobre o estado da União, que ordenou ao exército americano que empreenda uma missão de emergência para estabelecer um porto em Gaza”, disse um dos funcionários à imprensa.

“Este porto, cuja principal característica é um cais temporário, proporcionará capacidade para centenas de caminhões adicionais de ajuda por dia”, acrescentou o funcionário, sob a condição de anonimato.

O anúncio não implica a presença de tropas americanas na Faixa, submetida a bombardeios incessantes de Israel desde o ataque de 7 de outubro do grupo islamista Hamas, pois o pessoal militar permanecerá em alto-mar enquanto outros aliados participam, segundo os funcionários.

As autoridades americanas disseram que a medida “levará várias semanas para ser planejada e executada”, e envolveria um corredor marítimo para levar ajuda por mar a partir da ilha de Chipre, no Mediterrâneo.

Os funcionários tomaram o cuidado de ressaltar que tropas americanas não se deslocarão em Gaza. “A previsão é que seja uma operação que não exigirá tropas no terreno”, afirmaram.

Israel foi informado da decisão e os Estados Unidos trabalham com suas autoridades nos requisitos de segurança, ao mesmo tempo em que vão se coordenar com “parceiros e aliados”, além de organizações da ONU e de ajuda, acrescentaram.

O anúncio, que será feito durante o discurso do estado da União, ressalta a intensa pressão política a que Biden está submetido por seu firme apoio a Israel, apesar do número crescente de mortos em Gaza e da crise humanitária.

Na semana passada, Biden anunciou que os Estados Unidos começariam a lançar ajuda do ar em Gaza, após um incidente no qual mais de cem pessoas morreram em um posto de distribuição de alimentos no norte do território.

A guerra entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro, após o ataque sem precedentes do grupo islamista palestino em solo israelense, no qual morreram cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo contagem com base em dados oficiais israelenses.

Israel lançou uma resposta militar, que já deixou 30.800 mortos, sobretudo mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde do território controlado pelo Hamas.

 

© Agence France-Presse

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