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Biden e Scholz destacam ações conjuntas e possíveis sanções à Rússia por Ucrânia

. Em coletiva de imprensa após o encontro, na Casa Branca, nesta segunda-feira, 7, as autoridades destacaram o trabalho conjunto e reforçaram que sanções severas serão impostas à Rússia no caso de invasão à Ucrânia

Redação Jornal de Brasília

07/02/2022 19h32

Foto: Patrcik Semansky

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, se reuniram pessoalmente pela primeira vez desde a posse do líder alemão. Em coletiva de imprensa após o encontro, na Casa Branca, nesta segunda-feira, 7, as autoridades destacaram o trabalho conjunto e reforçaram que sanções severas serão impostas à Rússia no caso de invasão à Ucrânia.

“Em caso de invasão, aplicaremos as sanções mais severas já vistas economicamente”, disse Biden, que destacou que negócios não podem ocorrer normalmente se houver uma invasão. O presidente afirmou que o encontro foi “muito produtivo” e que não há uma questão global importante que EUA e Alemanha não estejam trabalhamos juntos. Além da crise na Ucrânia, o combate à crise climática e as relações com a China foram mencionadas.

Ambos os líderes reforçaram que os EUA, Alemanha e demais membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estão prontos para agir rapidamente caso a invasão de fato ocorra. “Diplomacia é o principal caminho para ambos lados, incluindo para Rússia, em nossa visão”, pontuou Biden.

“Estamos em uma situação bem difícil”, disse Scholz, “Há uma clara ameaça à segurança europeia”. O líder alemão afirmou que ele e Biden trabalharam “intensamente” no preparo das possíveis sanções, mas que mantêm um diálogo aberto com Moscou. “A Rússia precisa entender que a Otan está junta e está pronta para agir”.

Entre as possíveis sanções, Biden afirmou que “caso haja uma invasão pela Rússia, ou seja, tanques e tropas russas atravessem a fronteira para Ucrânia, não haverá mais Nord Stream 2”. Questionado sobre como tal medida seria imposta em relação ao gasoduto que conecta a Alemanha à Rússia, o presidente americano disse apenas prometer que “seremos capazes de fazer isso”. O líder não deu mais detalhes.

Scholz, por sua vez, não nomeou o Nord Stream 2 diretamente. Também questionado por repórteres, reforçou que as ações a serem adotadas serão feitas em conjunto com os americanos. “Adotaremos todos os passos necessários, junto com os EUA. Não adotaremos passos diferentes”. Scholz disse que seu governo continuará a tomar decisões que permitam usar mais energia eólica e expandir sua capacidade nesse setor, enquanto Biden garantiu estar trabalhando para compensar qualquer eventual falta de gás natural pela Rússia.

Questionado sobre a retomada de confiança da Alemanha pelos EUA, Biden disse não haver nenhuma necessidade para tal. “A Alemanha é completamente confiável”, enfatizou.

Estadão Conteúdo

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