Para Ban, que antes de assumir o cargo na ONU foi ministro de Assuntos Exteriores sul-coreano, a próxima cúpula entre as duas Coréias é “uma maneira de avançar nos progressos já alcançados nas negociações internacionais para que a Coréia do Norte elimine suas instalações nucleares em troca de energia e outras ajudas”.
Seul e Pyongyang anunciaram hoje o encontro simultaneamente. A reunião será realizada em Pyongyang e será a primeira entre os dois líderes desde junho de 2000. Os dois países estão tecnicamente em guerra, pois assinaram um armistício, e não uma declaração de paz, após o conflito que levou à cisão da península, em 1953.
O presidente da Coréia do Sul, Roh Moo-hyun, e o líder norte-coreano, Kim Jong-il, se reunirão em Pyongyang de 28 a 30 de agosto. “O secretário-geral acredita que a reunião é uma significativa oportunidade para promover a paz e a segurança da península da Coréia e a reconciliação entre as duas partes”, afirmou um porta-voz de Ban em comunicado.
A mesma fonte disse que o ex-chefe da diplomacia sul-coreana “quer elogiar os dois líderes por sua iniciativa e espera que esse desenvolvimento positivo forneça ímpeto aos recentes progressos feitos nas conversas multilaterais”.
A rodada negociadora da qual Ban participou foi realizada em fevereiro, em Pequim, com a presença de delegações das duas Coréias, de China, Japão, Rússia e Estados Unidos. Em tal encontro foram decididos o desmantelamento das instalações nucleares de Pyongyang e o retorno à Coréia do Norte dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Em junho, o regime comunista de Pyongyang anunciou o fechamento do reator nuclear de Yongbyon.