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Autoridades começam a investigar causas do pior acidente aéreo do Irã

Arquivo Geral

15/07/2009 0h00

Em uma das piores tragédias aéreas da história do Irã, sildenafil um total de 168 pessoas morreram hoje na queda de um Tupolev Tu-154 da companhia aérea iraniana Caspian Airlines na província de Qazvin, malady 200 quilômetros a noroeste de Teerã.

O aparelho, de fabricação russa, tinha decolado às 11h15 (4h15 de Brasília) do aeroporto internacional Imame Khomeini, de Teerã, com destino a Yerevan, capital da Armênia.

Segundo as autoridades iranianas, 16 minutos depois da decolagem o avião caiu, por causas ainda desconhecidas, perto da aldeia de Janat-Abad, onde produziu uma cratera de dez metros de diâmetro. Após pegar fogo, a aeronave ficou reduzida a pequenos pedaços.

No aparelho havia 153 passageiros e 15 tripulantes, dos quais 160 tinham nacionalidade iraniana, outros seis eram armênios e dois, georgianos, informaram fontes da Aviação Civil armênia.

Segundo a agência de notícias local “Mehr”, entre os mortos estão oito lutadores e dois técnicos da seleção iraniana de Judô, que viajavam à Armênia para preparar o campeonato que acontecerá em Budapeste no início de agosto.

As primeiras investigações apontam que a causa do acidente teria sido um problema técnico, mas as autoridades iranianas explicam que nada pode ser confirmado antes que a caixa-preta seja recuperada e analisada.

Segundo o vice-governador da província iraniana de Qazvin, Sirous Saberi, o piloto relatou à torre de controle um problema técnico e pediu permissão para fazer um pouso de emergência.

Aparentemente, depois de detectar o problema, o piloto teria tentado aterrissar em aeroportos próximos, explicou Saberi, citado pela agência de notícias local “Mehr”.

Logo após a tragédia vir a público, o porta-voz da organização de aviação civil iraniana, Reza Jafarzadeh, respaldou essa hipótese, ao lembrar que “a única informação disponível é que o voo 7908 sofreu problemas após decolar”.

Responsáveis da organização de aviação civil armênia também apoiaram esta teoria e ressaltaram que, embora ainda não haja confirmação oficial, existe a possibilidade de um dos motores da aeronave ter se incendiado antes da queda.

No local do acidente, a imagem era de desolação, com centenas de pedaços da fuselagem e corpos espalhados pelo campo, alguns a mais de 500 metros de distância dos restos do aparelho.

“O avião ficou destruído. Muitos pedaços estão nos arredores de Janat-Abad”, aldeia situada cerca de 150 quilômetros a noroeste de Teerã, explicou o chefe da unidade anti-incêndios, Hussein Behzadpour.

Segundo ele, bombeiros chegaram ao local do acidente pouco depois de o aparelho perder contato com a torre de controle e cair sobre um campo, onde ficou envolvido em chamas.

No Irã foi criado um gabinete de crise para coordenar as tarefas de busca, resgate e identificação dos corpos, que começaram nesta tarde.

O general Hossein Sajedinia, segundo comandante-chefe da Polícia da província de Teerã, explicou à rádio pública que o trabalho será longo.

“Primeiro, é preciso recuperar todos os corpos desmembrados, entre os quais se encontram vários estrangeiros, para poder realizar a análise de DNA assim que tiverem sido transferidos aos laboratórios”, disse Sajedinia.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, expressou sua solidariedade às famílias das vítimas, algumas das quais já viajaram para Janat-Abad.

A Caspian Airlines é uma companhia iraniana fundada em 1992, que opera voos internacionais para Hungria, Emirados Árabes Unidos, Síria, Ucrânia, Armênia, Belarus e Turquia, assim como para as principais cidades iranianas.

O Irã tem uma frota aérea em péssimas condições, em parte por causa das sanções econômicas e financeiras internacionais que o país sofre e que dificultam a renovação e manutenção das aeronaves.

Desde a imposição destas sanções, na década de 1980, a aviação iraniana registrou vários acidentes com mais de 100 mortos.

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