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Papa alerta sobre ‘grave risco’ à humanidade e convoca jovens a lutar pela paz

“Sejam embaixadores da paz, para que o mundo descubra a beleza do amor, da fraternidade, da convivência, da solidariedade”, pediu o pontífice

Redação Jornal de Brasília

10/10/2022 15h21

Foto: Getty Images

O papa Francisco convidou os jovens, nesta segunda-feira (10), a serem “artesãos da paz”, depois de reconhecer que, neste momento, “a humanidade corre um grave perigo”.

“Como vocês bem sabem, estamos atravessando tempos difíceis para a humanidade, que corre um grave perigo. Isso é de verdade: estamos em grave perigo”, frisou o papa, falando para um grupo de cerca de 300 jovens em peregrinação a Roma, procedentes da Bélgica.

“Sejam embaixadores da paz, para que o mundo descubra a beleza do amor, da fraternidade, da convivência, da solidariedade”, pediu o pontífice.

O papa argentino voltou a manifestar sua preocupação com a guerra na Ucrânia, um conflito que mergulhou a Europa em sua mais grave crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial.

No domingo (9), diante de cerca de 50.000 fiéis que assistiram à canonização de um bispo italiano que dedicou sua vida aos emigrantes europeus na Argentina, no início do século XX, o pontífice exortou o mundo a aprender com a história. O alerta foi uma referência às ameaças de guerra nuclear na Ucrânia.

Na ocasião, ele lembrou o Concílio Vaticano II realizado há 60 anos, assim como o perigo de uma guerra nuclear que então ameaçava o mundo pela chamada Crise dos Mísseis em Cuba, em outubro de 1962. Este conflito diplomático entre Estados Unidos, União Soviética e Cuba resultou da instalação de bases com mísseis nucleares soviéticos na ilha caribenha.

“Por que não aprender com a história? Também naquela época havia conflitos e grandes tensões, mas se escolheu o caminho pacífico”, afirmou o papa.

A imprensa católica italiana recorda, nesta segunda-feira, o apelo à paz de João XXIII, lançado da Rádio Vaticano, e que conseguiu deter os navios soviéticos carregados de mísseis enquanto se dirigiam para Cuba. O bloqueio naval americano já estava preparado para interceptá-los.

Por trás desse histórico chamado papal, estava um delicado trabalho diplomático do Vaticano, graças a uma enorme rede de relações internacionais e a uma relação epistolar cordial entre o então papa e os presidentes John F. Kennedy (EUA) e Nikita Khrushchev (URSS), os dois líderes das superpotências.

Após sua contribuição ao diálogo entre União Soviética e Estados Unidos pela paz no mundo, João XXIII decidiu escrever a encíclica “Pacem in terris”, publicada em 1963.

© Agence France-Presse

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