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Atirador que matou 3 em universidade de Las Vegas era professor que tentou emprego no local

O atirador foi morto em uma troca de tiros com a polícia. Ele previamente havia trabalhado na East Carolina University

Redação Jornal de Brasília

07/12/2023 19h35

Foto: Reprodução/ AFP

O homem suspeito de um tiroteio que matou três pessoas e feriu outra em uma universidade de Las Vegas, nos Estados Unidos, na quarta-feira, 6, era um professor que havia procurado recentemente emprego na instituição e não teve sucesso, disse um policial com conhecimento direto da investigação à Associated Press.

O atirador foi morto em uma troca de tiros com a polícia. Ele previamente havia trabalhado na East Carolina University, de acordo com a fonte que falou sob condição de anonimato por não estar autorizada a divulgar informações sobre o caso. A polícia não identificou a identidade do autor do tiroteio, bem como as das vítimas.

Relatos de tiros por volta das 11h45 da manhã fizeram com que a polícia invadisse o campus enquanto estudantes e professores se escondiam dentro de salas de aula e dormitórios. O tiroteio começou no quarto andar do prédio, e o atirador subiu vários andares antes de ser morto em um tiroteio com dois detetives universitários do lado de fora do prédio, disse o chefe de polícia da universidade, Adam Garcia.

A professora Kevaney Martin procurou cobertura embaixo de uma mesa em sua sala de aula, onde outro funcionário da universidade e três alunos se abrigaram com ela. “Foi aterrorizante. Eu não consigo nem começar a explicar”, disse. “Eu estava tentando me manter firme pelos alunos e tentando não chorar, mas essas emoções são algo que eu não quero nunca mais viver.”

Kevaney disse que ele estava mandando mensagens para amigos e pessoas queridas, esperando receber a notícia de que o suspeito tinha sido detido. Quando outro professor foi à sala e disse para eles saírem, eles se juntaram a dezenas de outras pessoas correndo para fora do prédio. Kevaney disse que ela e seus alunos entraram no carro dela e dirigiram para fora do campus.

“Quando já estávamos fora da universidade, estacionamos e ficamos parados em silêncio”, ela conta. “Ninguém disse uma palavra. Nós estávamos em choque.”

Matthew Felsenfeld disse que ele e outros 12 alunos seguraram a porta de um prédio perto do diretório dos estudantes. “Esse é um momento que você liga para os seus pais e diz a eles que os ama”, conta Felsenfeld, um estudante de jornalismo de 21 anos.

Outro aluno, Jordan Eckermann, 25 anos, disse que estava na aula de direito empresarial em uma sala de aula no segundo andar quando ouviu um grande estrondo que pensou ter vindo de uma aula de música vizinha.

Mas então um alarme disparou, fazendo com que os alunos se levantassem. Alguns saíram correndo da sala em pânico, enquanto outros seguiram as instruções do professor para manter a calma. Ele saiu e olhou nos olhos de um policial com um colete à prova de balas e uma arma longa. Roupas, mochilas e garrafas de água estavam espalhadas pelo chão.

Eckerman disse que murmurou para o policial: “Para onde eu vou?” O oficial apontou para uma saída. Minutos depois, quando estava do lado de fora, Eckermann disse ter ouvido rajadas de tiros, totalizando pelo menos 20 tiros. O ar cheirava a pólvora. Ele disse que continuou saindo do campus, embora não soubesse para onde ir.

Não ficou imediatamente claro quantos dos 30 mil estudantes estavam no campus naquele momento, mas o xerife Kevin McMahill disse que os estudantes estavam reunidos do lado de fora do prédio para comer. Se a polícia não tivesse matado o agressor, “poderiam ter sido incontáveis vidas adicionais ceifadas”, disse ele.

Estadão Conteúdo

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