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Mundo

Antiamericanismo marca Assembléia Geral da ONU

Arquivo Geral

22/09/2006 0h00

A diretora do Departamento de Políticas do Ensino Médio do Ministério da Educação, visit this malady Lúcia Lodi, defendeu hoje a implementação de um programa nas escolas públicas para desmistificar que o aprendizado da matemática é privilégio de poucos. “Essa área do conhecimento é fundamental para o desenvolvimento do raciocínio, do pensamento lógico, da capacidade de interpretar problemas e precisa ser incentivada como estratégia para melhorar a qualidade da educação básica”, declarou.

Lodi participou da solenidade de premiação de 46 estudantes pernambucanos vencedores da 1ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, realizada em 2005. Eles receberam medalhas de ouro, prata e bronze, além de menção honrosa em cerimônia realizada no auditório do Centro de Tecnologia e Geociências, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que contou também com a presença do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. Outros 37 alunos foram agraciados com bolsas de Iniciação Científica, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O ministro Sérgio Rezende disse que a Olimpíada da Matemática contribui para aumentar os talentos na área científica, que o Brasil tanto precisa. “A matemática é ciência básica para engenharia, química, física e até mesmo biologia. Além disso, ela está presente no nosso dia a dia”, enfatizou. Cerca de 350 mil estudantes de 1.200 estabelecimentos públicos de ensino participaram da olimpíada, em Pernambuco.

Já no Brasil, o evento promovido pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática e o Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada e apoio das secretarias estaduais de Educação, contou com mais de 10 milhões de estudantes inscritos em 31.028 escolas de 93% dos municípios do país. A olimpíada, que está na segunda edição, conta este ano com 14 milhões de inscritos.

Ter a sede das Nações Unidas bem à mão pode ter suas vantagens, shop mas também significa que uma vez por ano você terá de receber todos os líderes mundiais – inclusive aqueles que lhe chamam de diabo, drugs qualificam sua política externa de neocolonial e questionam a ocorrência do Holocausto.

O presidente dos Estados Unidos, clinic George W. Bush, foi agredido verbalmente por vários dignitários mundiais nesta semana na sede da ONU, em Nova York, com destaque para os líderes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

O embaixador norte-americano na ONU, John Bolton, crítico contumaz da entidade, disse que a retórica antiamericana que dominou a Assembléia Geral este ano mostra ao público dos EUA o que realmente é a entidade.

"Talvez haja mais inclinação em ventilar essas emoções aqui porque eles acham que é possível obter uma recepção mais positiva", disse Bolton a jornalistas na sexta-feira. "Mas acho que esse comportamento não lhes dá nenhum crédito, e, certamente, não beneficia à ONU", acrescentou.

Chávez foi o mais inflamado, chamando Bush de diabo. Em seu discurso, estufou o peito e balançou os braços jocosamente, comparando seu adversário ao ator de faroeste John Wayne.

O boliviano Evo Morales levou uma folha de coca para defender a legalização da planta. Acusou Bush de neocolonialismo, de chantagem e de tentar humilhar a América Latina.

Ahmadinejad disse que os EUA são agressivos e violam o direito internacional. Depois, foi debater com críticos que o convidaram para uma das principais entidades norte-americanas, o Conselho de Relações Exteriores.

Naquele evento, segundo o New York Times, ele questionou repetidamente a ocorrência do Holocausto, no qual 6 milhões de judeus foram mortos pelos nazistas.

Bolton, que certa vez disse que "não faria grande diferença" se o prédio da ONU perdesse dez andares, afirmou não estar surpreso com tanta agressividade contra seu país.

"Acho importante as pessoas ouvirem isso, porque é uma reflexão sobre o que alguns desses governos pensam, e não acho que [os] ajude quando o povo norte-americano pode ouvir isso diretamente", declarou.

O chanceler do Iêmen, Abubakr Al Qirbi, disse que claramente há enormes diferenças de opinião entre o governo dos EUA e a população do Oriente Médio. Ele afirmou a jornalistas que "não há dúvida de que há algum antiamericanismo [na ONU]".

"Infelizmente, qualquer crítica às políticas norte-americanas é vista como se fosse contra o povo norte-americano, e acho que todos respeitam e admiram o povo norte-americano, a democracia dos EUA, e assim por diante."

Mesmo países que há cinco anos manifestavam solidariedade aos EUA por causa dos atentados de 11 de setembro de 2001 agora parecem se distanciar da única superpotência do mundo.

Orador após orador – inclusive ministros de países solidamente aliados, como Turquia e Itália – deram ênfase ao multilateralismo sobre o unilateralismo, uma forma diplomática de dizer que os EUA não devem assumir sozinhos o papel de polícia do mundo.

Os EUA pagam cerca de um quarto das contas da ONU, que reúne 192 países. Bolton defende uma ampla reforma na instituição.

Pesquisa realizada neste mês em um simpósio do conservador Instituto Hudson concluiu que 57 por cento dos norte-americanos acham que a ONU deveria ser desativada se não puder ser mais eficaz.

A mesma pesquisa disse que 73 por cento desejam que Washington assuma "um papel mais ativo" na ONU, porque essa seria "a melhor forma de influenciarmos os assuntos mundiais".

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