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Mundo

Ameaças contra navios civis no Mar Negro são ‘inaceitáveis’, diz ONU

A Rússia anunciou que encerraria sua participação neste acordo alcançado em julho de 2022 entre Rússia, Ucrânia, Turquia e a ONU

Redação Jornal de Brasília

21/07/2023 12h55

Foto: Angela Weiss / AFP

As ameaças contra embarcações civis que navegam pelo Mar Negro são ‘inaceitáveis’, alertou nesta quinta-feira (21) uma alta funcionária das Nações Unidas, em reação a declarações da Rússia e Ucrânia após a retirada de Moscou do acordo que permitia a exportação de grãos ucranianos.

“Qualquer risco derivado do conflito como resultado de um incidente militar no Mar Negro – seja intencional ou acidental – deve ser evitado a todo custo, já que isso poderia levar a consequências potencialmente catastróficas para todos nós”, declarou a subsecretária-geral de assuntos políticos da ONU, Rosemary DiCarlo, perante o Conselho de Segurança.

Após criticar a guerra “sem sentido” liderada pela Rússia contra a Ucrânia, cujas consequências podem ser sentidas em todo o mundo, afirmou que a saída de Moscou da Iniciativa do Mar Negro, junto com o bombardeio de portos essenciais na Ucrânia, “agravará ainda mais a crise”.

A Rússia anunciou na segunda-feira que encerraria sua participação neste acordo alcançado em julho de 2022 entre Rússia, Ucrânia, Turquia e a ONU, que possibilitava que os cereais ucranianos fossem exportados.

Desde então, a Rússia tem realizado ataques contra os armazéns de grãos e importantes infraestruturas nos portos da região, especialmente em Odessa e Mikolaiv, e declarou que considera alvo militar qualquer embarcação que se dirigir à Ucrânia.

Nesta sexta-feira, anunciou a realização de exercícios militares com disparos de mísseis no Mar Negro.

Kiev, por sua vez, respondeu que também advertiu os navios que se aproximam dos portos controlados pela Rússia.

“Esta semana tem sido uma semana de tristeza e decepção”, disse o responsável da ONU para assuntos humanitários, Martin Griffiths.

Mas para muitos das 362 milhões de pessoas no mundo que precisam de ajuda humanitária, “isso não é uma questão de tristeza e decepção, é uma ameaça para seu futuro, o futuro de seus filhos, de suas famílias”, apontou, lembrando que os preços dos grãos estão subindo.

© Agence France-Presse

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