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Advogados de Trump pedem que justiça reverta decisões que inabilitam ex-presidente no Colorado

O tribunal está lidando com o caso dentro de um prazo reduzido que poderia produzir uma decisão antes da Superterça, em 5 de março

Redação Jornal de Brasília

19/01/2024 16h55

Foto: Curtis Means / POOL / AFP

Os advogados do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pediram na quinta-feira, 18, que a Suprema Corte coloque um fim rápido e decisivo aos esforços para expulsá-lo das eleições presidenciais de 2024 por causa de seus esforços para reverter o resultado das eleições de 2020. Trump deseja concorrer mais uma vez pelo Partido Republicano e venceu as primárias da legenda no Estado de Iowa.

Em um documento escrito, os advogados de Trump pediram ao tribunal que revertesse uma decisão inédita do Supremo Tribunal do Colorado, que dizia que Trump não deveria estar nas eleições primárias republicanas do Estado devido ao seu papel nos eventos que culminaram nos ataques ao Capitólio, no dia 6 de janeiro de 2021.

A audiência está marcada para o dia 8 de fevereiro em um caso que ambos os lados apontam que precisa ser resolvido logo para que os eleitores saibam se Trump, o favorito a nomeação republicana, pode ocupar a presidência.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump participa das primárias republicanas em Des Moines, Iowa.

O tribunal está lidando com o caso dentro de um prazo reduzido que poderia produzir uma decisão antes da Superterça, em 5 de março, quando o maior número de delegados estará em disputa em um único dia, inclusive no Colorado.

O caso apresenta ao tribunal superior a sua primeira análise de uma disposição da 14ª Emenda que proíbe pessoas que “se envolveram em insurreição” de ocupar cargos públicos. A emenda foi adotada em 1868, após a Guerra Civil.

Defesa

Os advogados de Trump apontam que os “esforços para manter Trump fora das urnas ameaçam privar milhões de americanos e prometem desencadear o caos e a confusão se outros tribunais estaduais e autoridades estaduais seguirem o exemplo do Colorado e excluírem o provável candidato presidencial republicano de suas cédulas”, disseram os advogados de Trump.

Membros republicanos do Congresso, procuradores-gerais e líderes legislativos republicanos em 27 estados, e três ex-procuradores-gerais dos EUA, incluindo um que serviu a administração do republicano, estão entre aqueles que contribuíram para apoiá-lo no caso do Colorado.

A Suprema Corte do Colorado, por 4 votos a 3, decidiu no mês passado que Trump não deveria estar nas eleições primárias republicanas.

Trump está apelando separadamente para o tribunal estadual de uma decisão da secretária de Estado democrata do Maine, Shenna Bellows, de que ele é inelegível para comparecer às urnas no Estado por causa de seu papel no ataque ao Capitólio. As decisões da Suprema Corte do Colorado e da secretária de Estado do Maine estão suspensas até que os recursos sejam encerrados.

Iowa

O ex-presidente americano Donald Trump venceu o primeiro teste para nomeação pelo partido Republicano na corrida à Casa Branca. A disputa interna entre os pré-candidatos começou nesta segunda-feira, 15, com o caucus de Iowa. O republicano conseguiu 51% dos votos, o que lhe rendem 20 delegados para convenção nacional republicana.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, que ficou bastante distante de Trump na disputa, terminou o pleito com 21% dos votos, em segundo lugar. A ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, ficou em terceiro lugar com 19%.

A vantagem inédita de Trump para o segundo colocado, com 30 pontos porcentuais e mais de 50% da preferência do eleitorado republicano no Estado, indicam o tamanho da vitória de Trump. Ele venceu em todos os condados, dos mais rurais e religiosos às cidades maiores. Nunca uma vitória foi tão ampla em Iowa e dá ao ex-presidente fôlego para a próxima disputa em New Hampshire, um Estado mais moderado.

Estadão Conteúdo

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