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A Índia é o maior poluidor do plástico no mundo, diz estudo

Os autores, pesquisadores da Universidade de Leeds, calculam que em 2020 foram despejadas no meio ambiente 52,1 milhões de toneladas de plástico

Redação Jornal de Brasília

04/09/2024 12h20

Foto: ONU

A Índia é o maior poluidor para os plásticos do mundo, segundo um relatório publicado nesta quarta-feira (4) por uma equipe de pesquisadores, que destaca o perigo representado pela queima irregular dos resíduos desse material.

Os autores, pesquisadores da Universidade de Leeds, calculam que em 2020 foram despejadas no meio ambiente 52,1 milhões de toneladas de plástico.

Com 9,3 milhões de toneladas, ou seja, quase um quinto do total global, a Índia é o maior poluidor do mundo. O número, segundo os autores, reflete sua grande população e o fato de que nenhum país há pouca coleta de lixo.

Os resíduos que não são coletados são, além disso, a principal fonte de poluição plástica nos países do sul, aponta o estudo, publicado na revista Nature.

O segundo lugar da classificação é ocupado pela Nigéria, com 3,5 milhões de toneladas, seguido pela Indonésia, com 3,4 milhões.

A China, considerada o maior poluidor em outras avaliações, fica na quarta posição, com 2,8 milhões de toneladas de plástico.

Isso se explica, segundo os autores, porque seus dados estão “mais atualizados e mostram avanços substanciais na adoção da queima de resíduos e no seu enterramento controlado”.

“No passado, os líderes políticos tiveram dificuldade em enfrentar esse problema, em parte pela falta de dados de boa qualidade”, apontou Ed Cook, um dos autores. O pesquisador indicou que espera que o estudo permita “provar recursos, que são escassos, para enfrentar de maneira eficaz a poluição por plástico”.

Segundo os pesquisadores, cerca de 30 milhões de toneladas de plástico (57% do total despejado no meio ambiente) foram queimadas sem controle algum em 2020. Tais incinerações, sejam elas em casas particulares, nas ruas ou em aterros irregulares, têm consequências perigosas para a saúde e o meio ambiente, alertamos os autores.

© Agence France-Presse

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