O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) teve déficit primário de R$ 21,425 bilhões em agosto, após um saldo negativo de R$ 21,348 bilhões em julho, informou o Banco Central.
O déficit ficou em linha com a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava um saldo negativo de R$ 21,0 bilhões em agosto. As estimativas do mercado financeiro iam de um déficit de R$ 27,640 bilhões até um superávit de R$ 5,90 bilhões.
O resultado primário reflete a diferença entre as receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Em agosto de 2023, o saldo havia sido negativo em R$ 22,830 bilhões.
Essa é a segunda vez consecutiva em que o BC divulga as estatísticas fiscais antes da publicação do resultado do Governo Central, devido à greve de servidores do Tesouro Nacional.
Composição
O resultado do setor público foi composto por um déficit primário de R$ 22,329 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS); superávit primário de R$ 435 milhões nos Estados e municípios; e superávit de R$ 469 milhões das empresas estatais. Isoladamente, os Estados tiveram superávit de R$ 3,386 bilhões e os municípios, déficit de R$ 2,951 bilhões.
Acumulado do ano
As contas do setor público consolidado acumularam um déficit primário de R$ 86,222 bilhões de janeiro a agosto de 2024, o equivalente a 1,14% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central. No mesmo período de 2023, o déficit acumulado era de R$ 79,009 bilhões.
O déficit fiscal no ano até agosto é composto por um saldo negativo de R$ 101,587 bilhões nas contas do Governo Central (1,34% do PIB), superávit de R$ 22,578 bilhões nos Estados e municípios (0,30% do PIB) e déficit de R$ 7,213 bilhões nas empresas estatais (0,10% do PIB).
Isoladamente, os Estados têm superávit de R$ 32,820 bilhões no acumulado do ano e os municípios, saldo negativo de R$ 10,242 bilhões.
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