Menu
Economia

Produção de motos em fevereiro é a maior em sete anos

Os dados são da Abraciclo, associação das montadoras de motos, ciclomotores etc. Desde 2015 não se via um fevereiro com produção tão alta

Redação Jornal de Brasília

15/03/2022 8h38

produção de motos

Foto: Divulgação

A produção de motocicletas no Brasil em fevereiro alcançou 107 mil unidades, o que representa o maior volume para o mês em sete anos. Os dados são da Abraciclo, associação das montadoras de motos, ciclomotores, bicicletas e similares. Desde 2015, quando foram montadas 110,8 mil motos, não se via um fevereiro com produção tão alta.

O desempenho do mês passado, conforme avaliação da Abraciclo, demonstra que o setor segue em ritmo de retomada. “No primeiro bimestre de 2021, tivemos grandes dificuldades devido à segunda onda da pandemia em Manaus (cidade que concentra o polo industrial do setor).

Já em janeiro deste ano, a variante Ômicron afetou o ritmo da produção. Agora, a tendência é de evolução e crescimento para atender à demanda”, comentou Marcos Fermanian, presidente da entidade.

As vendas no varejo (licenciamentos) em fevereiro somaram 74 mil unidades, 29% a mais do que no mesmo período de 2021.

No primeiro bimestre de 2022, a produção somou 190,6 mil motos, uma alta de 70,7% frente ao volume dos dois primeiros meses do ano passado. Esse dado é explicado pela base fraca de comparação, já que no início do ano passado a indústria de motos sofria com restrições relacionadas à segunda onda da pandemia de covid-19.

Nos primeiros dois meses de 2021, as fábricas da região tiveram de reduzir o expediente em razão do colapso dos hospitais na capital do Amazonas. Isso comprometeu até o abastecimento de gases industriais usados em trabalhos de solda, por exemplo, dada a urgência de destinar oxigênio ao atendimento de pacientes.

Delivery

De acordo com Fermanian, as montadoras seguem acelerando o ritmo para atender aos pedidos em espera dos consumidores. A perspectiva é de o consumo continuar subindo, considerando a expansão dos serviços de entrega (delivery) e a maior acessibilidade financeira das motos – tanto no valor do veículo quanto na economia em gastos com combustível –, em um momento em que muitos brasileiros ainda seguem evitando o transporte coletivo.

O presidente da Abraciclo pondera, por outro lado, que o setor monitora “instabilidades globais” que podem afetar os fluxos logísticos, o fornecimento de insumos e a produção.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado