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Economia

Petróleo fecha em queda, com tensões no Oriente Médio ofuscadas por quadro fraco na demanda

Ao olhar para o quadro no Mar Vermelho, o banco de investimentos Berenberg qualificava a situação como “desagradável, mas não catastrófica

Redação Jornal de Brasília

19/01/2024 18h16

Imagem: reprodução Getty Images

Os contratos futuros de petróleo chegaram a oscilar perto da estabilidade durante parte do dia, mas encerraram em queda nesta sexta-feira, 19. Mesmo a existência de motivos para cautela no Oriente Médio não foi suficiente para apoiar os contratos, sem perspectiva de grande impulso do lado da demanda.

O WTI para março fechou em baixa de 0,95% (US$ 0,70), em US$ 73,25 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 0,68% (US$ 0,54), a US$ 78,56 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI subiu 0,78% e o Brent teve alta de 0,34%.

A Capital Economics comenta que os ataques de rebeldes houthis no Mar Vermelho contra embarcações de transporte de cargas, a reação dos Estados Unidos, tensões com o Irã e a guerra entre Israel e o Hamas não eram suficientes para apoiar a commodity. Para a consultoria, a demanda fraca, o crescimento forte da oferta em outras latitudes e a visão de que um conflito mais amplo é improvável freiam o apetite dos investidores.

Ao olhar para o quadro no Mar Vermelho, o banco de investimentos Berenberg qualificava a situação como “desagradável, mas não catastrófica” para o comércio global. Ele notou, de qualquer modo, que 12% do comércio de petróleo global por via marítima passa pelo Mar Vermelho. No momento, empresas têm recorrido ao Cabo da Boa Esperança, uma trajetória mais longa e mais cara, enquanto os EUA e aliados buscam controlar o quadro.

O TD Securities, por outro lado, acredita que os preços de energia ainda não incorporaram de todo o crescimento dos riscos geopolíticos. O banco de investimentos acredita que os preços poderiam estar “notavelmente mais elevados”, não fossem as expectativas “bastante pessimistas” para commodities.

Estadão Conteúdo

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