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Economia

Moedas: dólar avança ante rivais, porém DXY encerra semana abaixo dos 100 pontos

O DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em queda de 0,14%, a 99,914 pontos, encerrando a semana abaixo dos 100 pontos

Redação Jornal de Brasília

14/07/2023 17h43

Dólar

Foto: Reprodução/ Flickr

O dólar avançou nesta sexta-feira, 14, ante o iene, a libra e boa parte das moedas emergentes, apoiado por avanço no sentimento do consumidor e das expectativas de inflação americanas. Os ganhos, contudo, não foram suficientes para sustentar elevação do índice DXY acima dos 100 pontos, consolidando o nível mais baixo da moeda americana desde abril de 2022, em semana marcada pela desaceleração da inflação ao consumidor e ao produtor nos Estados Unidos.

O DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em queda de 0,14%, a 99,914 pontos, encerrando a semana abaixo dos 100 pontos e queda na variação semanal de 2,30% – o pior desempenho no período desde novembro do ano passado, segundo a Capital Economics. Na mínima intraday de 99,578 pontos, o índice consolidou o seu menor nível desde abril de 2022.

A pressão sobre o dólar durante a semana veio principalmente de dados apontando arrefecimento no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e ao produtor (PPI, em inglês) dos Estados Unidos, o que impulsionou expectativas de que o Federal Reserve (Fed) possa pausar o aperto monetário após elevar uma última vez em julho.

Hoje, a leitura preliminar da Universidade de Michigan, demonstrando avanço do sentimento do consumidor e das expectativas de inflação dos Estados Unidos em julho, deu algum fôlego para o dólar, devolvendo parte das perdas semanais. Por volta das 17h (de Brasília), a libra cedia a US$ 1,3099.

Para o Goldman Sachs, o movimento de venda do dólar é justificado e deve se estender no curto prazo, tendo em vista que os dados de inflação devem continuar “suavizando” nos próximos meses. Em relatório, a LPL Research também avalia que os riscos tendem para o negativo em relação a moeda americana, que pode testar os próximos níveis de suporte em 99,20 e 97 pontos em breve.

Por outro lado, a Capital Economics projeta que existe possibilidade de recuperação para o dólar, caso recessões nos Estados Unidos e em outras grandes economias levem a uma “deterioração renovada no apetite por risco” até o final deste ano.

O Rabobank compartilha a visão de que uma recessão deve revigorar o desempenho do dólar até o final deste ano e prevê que isto deve limitar a alta do euro – que quebrou nesta semana a marca de US$ 1,12 e operou no seu maior nível desde março de 2022. No horário citado, o euro subia a US$ 1,1229.

Em relatório, o Julius Baer observa que o iene também terá dificuldade em manter a valorização registrada nesta semana. “Seria necessário eliminar as taxas de juros negativas, e não apenas do controle da curva de rendimento provavelmente, para garantir de forma sustentável um iene mais forte”, avalia o banco. Hoje, o Banco do Japão (BoJ, pela sigla em inglês) anunciou hoje detalhes de como fará a revisão de medidas de política monetária não convencionais adotadas nos últimos 25 anos, com planos de iniciar as discussões durante workshop em dezembro. No horário citado, o dólar subia a 138,88 ienes.

Entre emergentes, o dólar blue, negociado no mercado paralelo, avançava a 522 pesos argentinos, maior nível já registrado e a maior alta na variação semanal dos últimos três meses, segundo o jornal Ámbito Financeiro. O movimento ocorre em meio a incertezas sobre as negociações para um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e enquanto o país luta para estabilizar suas reservas internacionais. No horário citado, o dólar avançava a 265,1115 pesos argentinos no mercado oficial.

Estadão conteúdo

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