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Economia

Mercado para espaço compartilhado cresce em todo o País

Arquivo Geral

21/02/2019 7h00

Divulgação

Ana Karolline Rodrigues
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Nos últimos anos, modelos de compartilhamento de produtos e serviços têm se difundido cada vez mais em todo o País. Em Brasília, além de empresas que oferecem produtos assim – como a Yellow, que chegou este ano na cidade – empreendimentos de consumo compartilhado, como espaços de coworking vem avançando por diversos motivos.
Uma das razões é permitir que o profissional ou empresa possa reduzir custos que teria ao alugar uma sala comercial e, ao mesmo tempo, possa estar em um ambiente positivo de trabalho e estabelecendo relacionamentos através de networking. Segundo o Censo Coworking Brasil, em 2018, já eram 1.194 espaços conhecidos no país, 384 a mais que em 2017. A capital, que ficou em 5º lugar no ranking das cidades brasileiras com mais ambientes neste modelo no ano passado, agora possui 35 espaços como este. Em 2017, eram 20.

Atualmente, muitos empresários optam por deixar de arcar com despesas de salas comerciais e procuram pelo home office. Apesar de diminuir gastos, muitas vezes este isolamento sem uma disciplina de horários advindo da escolha pode afetar a produtividade do trabalho. Uma forma de reduzir estes custos e manter a produtividade é o coworking.

Em português co-trabalho, o modelo de consumo compartilhado se baseia no compartilhamento do ambiente e de recursos de escritório, reunindo pessoas que trabalham não necessariamente para a mesma empresa ou na mesma área de atuação, podendo diferentes profissionais.

Para Taiana Fleury, 24 anos, consultora comercial do espaço de coworking +55Lab, o trabalho em espaço compartilhado promove um “processo criativo muito mais fluido, efetivo e natural”. O local foi aberto na Asa Norte há um ano e, além de ser um ambiente de trabalho para empresas e pessoas físicas, também oferece consultorias a estes clientes. “Temos consultores de direito, comercial, publicidade, financeiro e contábil”, comentou.

Segundo ela, quem desejar usar o ambiente, pode alugar mensalmente uma estação de trabalho por 24h no chamado espaço “fixo” pagando uma quantia de R$ 1.350 mensalmente. Ou pode optar pela área “nômade”, isto é, onde não há mesa fixa para sentar e trabalhar, por R$ 750 o mês. “Tem poltrona e sofá, mas por não ter mesa fixa, nós chamamos de nômade. Isso inclui o rooftop, que tem um espaço aberto com sombreiros”, afirmou.

Em um ano, Taiana diz que o espaço já é bastante ocupado e conta com empresas e profissionais de diversas áreas. Como as pessoas ficam próximas umas das outras, ela explica que existem, então, regras para o ambiente permanecer favorável para todos.

“Tem regras de boa conduta para não atrapalhar, não ter barulho”, diz. “Tem empresa de maquiagem, de viagem, internacionais, nacionais pequenas. Tem de tudo aqui. Então acaba que é um local bem acolhedor”, completa.


Conheça

Manifesto Coworking abre espaços

objetivo é facilitar a vida de empresários

Há dois anos na 206 Norte, o Manifesto Coworking tem o objetivo de “facilitar vida de empresários e fomentar o empreendedorismo na capital”. De acordo com a funcionária de marketing do espaço, Grazi Alves, 29 anos, o local apresenta vários ambientes diferentes e recebe, aproximadamente 300 pessoas por mês.

“Temos o espaço compartilhado, que cabe 45 pessoas, salas de reunião para até 10 pessoas e três tipos de ‘studios’: um para até oito pessoas e dois até quatro. Além do auditório, que cabe 35 pessoas”, descreveu. Segundo ela, o espaço compartilhado pode ser alugado por um plano mensal, enquanto as salas de reunião e o auditório são pagos pela hora.
Apesar de ser frequentado mais por empresas, Grazi conta que o local também é aberto para pessoas físicas e que recebe todo o tipo de profissionais. “Recebemos mais empresas, mas tem pessoas autônomas também. O objetivo é que conecte pessoas que trabalham em áreas diferentes, que possam se ajudar e fazer networking, além de reduzir os gastos e não ter custos de condomínio, de aluguel. Queremos facilitar a vida das pessoas mesmo”, finaliza.

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