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Economia

Lula diz que R$ 300 bi é um alento para Brasil sair de patamar atual e dar salto de qualidade

Parte desse recurso, R$ 106 bilhões, já havia sido anunciada na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI)

Redação Jornal de Brasília

22/01/2024 16h02

Foto: Ricardo Stuckert

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira, 22, que os R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento na nova política industrial do Brasil será um “alento” para que o País saia do patamar em que se encontra e dê um “salto de qualidade”. Contudo, o chefe do Executivo cobrou dos ministros que haja um acompanhamento para garantir o cumprimento das ações previstas.

Chamada de “Nova Indústria Brasil”, a política foi apresentada nesta segunda-feira durante evento no Palácio do Planalto. No total, segundo o governo, serão até R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento até 2026.

Parte desse recurso, R$ 106 bilhões, já havia sido anunciada na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) em julho. Agora, o governo está incorporando ao montante R$ 194 bilhões, provenientes de diferentes fontes de recursos.

Em seu discurso, o presidente ressaltou que é necessária uma mudança na postura do Brasil perante o mercado externo. “Uma coisa que o ministro Rui Costa disse e que tem que se levar em conta é que muitas vezes , para que o Brasil se torne competitivo, o Brasil tem que financiar alguma das coisa que quer exportar. A gente não pode agir como sempre agiu que todo mundo é obrigado a gostar do Brasil, que todo mundo vai comprar do Brasil, sem que a gente cumpra nossas obrigações. O debate a nível de mercado internacional é muito competitivo, é uma guerra ”

Na esteira, Lula cobrou os ministros por uma continuidade de estudos do ato desta segunda-feira. “É muito importante para o Brasil que a gente volte a ter uma política industrial inovadora, totalmente digitalizada como o mundo exige hoje e que a gente possa superar, de uma vez por todas, esse problema de o Brasil nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido, estamos sempre na beira mas nunca chegamos lá.”

O chefe do Executivo comentou que, inicialmente, o problema do País era o dinheiro, mas que agora, com a incorporação de recursos para financiamento, é possível que gargalos se resolvam com mais facilidade. “Se dinheiro não é problema, então precisamos resolver as coisas com muito mais facilidade”, disse.

Na fala, ele cobrou os ministros para que se expanda as fronteiras de maneira comercial para que o País mostre o verdadeiro potencial. “Nós precisamos também fazer com que os empresários brasileiros acreditem um pouco no Brasil.”

Estadão Conteúdo

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