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Economia

Juros nos EUA devem ser cortados em algum momento neste ano, diz presidente do Fed

Powell disse que um corte de juros precipitado iria devolver todos os ganhos feitos contra o avanço da inflação

Redação Jornal de Brasília

31/01/2024 18h39

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, disse nesta quarta-feira, 31, que ainda é preciso avançar mais no combate à inflação dos EUA, com sequência dos bons indicadores vistos recentemente, e que, neste ritmo, os juros serão cortados ao longo de 2024. “Quase todos do Conselho confiam que cortar juros será a decisão apropriada neste ano”, afirmou.

“Não esperamos cortar os juros até termos confiança na inflação contida de modo sustentável”, comentou ele, ao pontuar que a confiança “segue aumentando”, mas ainda é preciso ver mais, visto que o quadro ainda é de muitas incertezas.

Powell disse que um corte de juros precipitado iria devolver todos os ganhos feitos contra o avanço da inflação.

Segundo o presidente do Fed, a economia norte-americana vem registrando progressos na queda da inflação, apesar de que a alta de preços continua elevada, e que a taxa de juros dos EUA “está bem” no território restritivo. “Agora temos visto mais efeitos do aperto monetário”, afirmou ele, ao destacar que o crescimento dos salários tem desacelerado, e o mercado de trabalho parece caminhar para “um momento de maior equilíbrio”, apesar de ainda ser preciso uma confiança maior para garantir que a inflação retorne à meta.

Powell disse ainda que os juros devem estar no pico deste ciclo e que o BC norte-americano continua comprometido em trazer a inflação à meta de 2% ao ano, tomando decisões reunião a reunião

O presidente do Federal Reserve afirmou ainda que o debate sobre as participações em títulos do banco central está “começando a entrar em foco”.

Segundo ele, o Comitê planeja iniciar discussões aprofundadas sobre a redução no balanço na próxima reunião, que acontece em 19 e 20 de março.

Powell destacou que este processo “ainda está no início”, mas que não vê necessidade da recompra reversa ser cortada a zero sem que haja uma redução gradual.

Estadão Conteúdo

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