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Economia

IPCA para 2024 cai de 3,82% para 3,81%, aponta Focus; para 2025 sobe de 3,51% para 3,52%

Para 2025, que também está no foco da política monetária, agora já em maior grau que 2024, a projeção passou de 3,51% para 3,52%

Redação Jornal de Brasília

22/02/2024 9h23

Prédio do Banco Central em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A expectativa para a inflação deste ano oscilou para baixo no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta quinta-feira, 22. A projeção de 2024 passou de 3,82% para 3,81%. Um mês antes, a mediana era de 3,86%.

Para 2025, que também está no foco da política monetária, agora já em maior grau que 2024, a projeção passou de 3,51% para 3,52%

Considerando as 112 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,79% para 3,75%. Para 2025, a projeção passou de 3,53% para 3,52%, considerando 109 atualizações no período.

Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 33ª semana consecutiva – seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 33 semanas.

As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou no fim de janeiro projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, igual à da reunião anterior, de dezembro. Para 2025, também seguiu em 3,2%. O colegiado reduziu a Selic pela quinta vez consecutiva em 0,50 pp, para 11,25% ao ano.

Projeção suavizada

Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana, de 3,77% para 3,72%, de 3,86% há um mês.

Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.

No dia 20 de outubro, porém, Haddad confirmou que não havia previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. Como mostrou o Estadão/Broadcast no mês passado, com a chegada de mais diretores do Banco Central indicados por Lula, o decreto da meta de inflação poderia ser finalmente publicado.

Curto prazo

Os economistas revisaram as expectativas de inflação de curto prazo no Relatório de Mercado Focus. A mediana para fevereiro de 2024 passou de 0,70% para 0,73%. Há um mês, a expectativa era de 0,66%. Para o IPCA de março, a estimativa passou de 0,27% para 0,24%, de 0,29% um mês antes. Já para abril, a previsão para o indicador saiu de 0,38% para 0,36%, ante 0,38% de quatro semanas atrás.

Estadão Conteúdo

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