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Economia

Industria considera antecipação de metas de neutralização de emissões positiva

Indústria defende zerar o desmatamento ilegal até 2030 e a expansão das energias renováveis, dos biocombustíveis

Geovanna Bispo

23/04/2021 16h35

Poluição

Após anuncio feito por Jair Bolsonaro (Sem partido) nesta quinta-feira (22), durante Cúpula do Clima, sobre a antecipação da meta de neutralização de emissões de gases em dez anos, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, afirmou que agora é preciso construir um plano de ação efetivo para garantir o cumprimento das metas “Precisamos fazer com que a pauta ambiental componha uma estratégia de Estado, que vá além de planos de governos”, destaca.

Outro ponto considerado positivo e importante para a Confederação é a intenção do governo federal em zerar o desmatamento ilegal até 2030. “Cada vez mais o meio ambiente influenciará a economia. Uma retomada que leve em conta a sustentabilidade é essencial para que possamos manter a competitividade da nossa indústria. O Brasil tem todas as condições para dar uma grande contribuição e ser um dos protagonistas nesse processo, lado a lado com as principais economias do mundo”, completa Andrade.

Enquanto a participação de renováveis na geração elétrica de outros países está em torno de 18% a 27%, o Brasil representa 83% da matriz elétrica. Ainda assim, a CNI acredita que é importante elevar ainda mais esse patamar e planejar a ampliação de outras fontes renováveis.

O avanço das fontes eólica e solar, a continuidade no aproveitamento da energia hidráulica e o desenvolvimento do mercado de gás natural ao longo desta década têm bastante potencial para tornar a matriz energética brasileira ainda mais renovável, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia 2030 (PDE 2030).

Mercado de Carbono

O mercado de carbono, segundo a CNI, seria outra ótima alternativa para a redução de gases poluentes. Ainda não estando regularizado e nem tendo um mercado consolidado no país, a estimativa é que empresas brasileiras teriam a receber créditos por 380 milhões de toneladas de CO2 equivalente que deixaram de emitir por investirem em tecnologias e modelos de negócios menos poluentes.

“Cumprir um acordo anteriormente estabelecido oferece segurança jurídica para os investimentos já feitos e permite que as indústrias brasileiras avancem mais rapidamente para uma economia de baixo carbono”, afirma Andrade.

Para isso, é necessário que o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) seja trocado pelo Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS). Com isso, além da diminuição de gases, também haveria geração de emprego e renda no país.

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