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Economia

Haddad fala em equilíbrio fiscal no médio prazo e diz que ‘ninguém faz mágica’

O titular da Fazenda disse que a equipe econômica trabalha para antecipar resultados previstos na reforma tributária

Redação Jornal de Brasília

19/03/2024 12h29

Brasília (DF), 11/07/2023 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva após reunião para tratar da tramitação da reforma tributária no Senado. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

NATHALIA GARCIA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta segunda-feira (18) que o novo arcabouço fiscal coloca o Brasil em uma trajetória de equilíbrio fiscal no médio prazo e que “ninguém faz mágica” nesse processo de reestruturação das contas públicas.

“Estamos diante de um novo marco fiscal que, a julgar pela análise dos principais organismos internacionais, inclusive as agências de risco, colocam esse país numa trajetória de equilíbrio no médio prazo, porque ninguém também faz mágica de colocar o país numa trajetória de equilíbrio, depois de tudo que nós vivemos nos últimos anos”, afirmou Haddad durante evento organizado por Esfera Brasil e MBCBrasil.

O titular da Fazenda disse que a equipe econômica trabalha para antecipar resultados previstos na reforma tributária, ressaltando que não é possível aguardar até 2032. A implementação do novo IVA (Imposto sobre Valor Adicional) será feita a partir de 2026, mas a migração integral ao novo modelo tributário só acontecerá em 2033.

“A partir do mês que vem, nós terminamos de mandar a lei complementar, regulamentando a reforma. […] Em 2026 começa a transição, que vai até 2032, e todo o cuidado nessa transição é necessário para que nós possamos concluir [esse processo] com êxito”, afirmou Haddad.

O chefe da equipe econômica ainda comentou que o país está dividido e pediu união. “Isso não é bom para o Brasil, faz dez anos que nós estamos divididos, nós temos que nos unir em torno de um grande sonho e realizar o sonho que tantos brasileiros querem, um país justo, solidário, com progresso e desigualdade”, disse.

Também participaram do painel de abertura o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Aloizio Mercadante, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e Paulo Pimenta, atual chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência.

No evento, foi apresentado um estudo sobre os impactos socioeconômicos da transição energética dos transportes no Brasil, intitulado “Trajetórias Tecnológicas mais Eficientes para a Descarbonização da Mobilidade”, elaborado pela LCA Consultoria e MTempo Capital. 

A agenda da sustentabilidade é uma das prioridades de Haddad, que lançou o Plano de Transformação Ecológica. Como mostrou a Folha, o Tesouro Nacional pretende ampliar as emissões de títulos sustentáveis no mercado internacional e estuda a viabilidade de fazer o primeiro lançamento de papéis verdes (também chamados de green bonds) no mercado doméstico.

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