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Economia

 Haddad e Marinho agradam empresa e trabalhador em debate sobre aplicativos

O encontro do ministro Fernando Haddad (Fazenda) com o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, em Davos, agradou o setor

FolhaPress

20/01/2023 17h12

Fernando Haddad

No debate sobre a regulamentação do trabalho por aplicativo, o governo Lula encerrou a semana com acenos dos dois lados, tanto das empresas quanto dos trabalhadores.

O encontro do ministro Fernando Haddad (Fazenda) com o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, em Davos, agradou o setor, segundo a Amobitec (associação que reúne empresas como Ifood, 99, Lalamove e Uber). Na reunião, Haddad reforçou o desejo do governo brasileiro de regularizar a situação dos motoristas de aplicativo, sobretudo a previdenciária.

A proposta da Amobitec é incluir os motoristas e entregadores na Previdência Social. “São cerca de 1,4 milhão de pessoas que geram renda com o trabalho intermediado por plataformas e, cuja maioria, segundo pesquisas recentes, não está coberta pelas atuais modalidades de acesso à Previdência”, afirma André Porto, diretor-executivo da entidade.

Enquanto isso, em Brasília, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho reuniu-se com representantes dos trabalhadores, que dizem ver no novo governo uma disposição para o diálogo, que estava com as portas fechadas há muitos anos.

“Há seis anos a gente tenta dialogar com os outros governos mas não fomos recebidos. A postura correta é ouvir todos, não só as empresas. Esse governo faz um aceno que nos enche de otimismo. É preciso entender que não somos contra a tecnologia das empresas. Quem briga por direito trabalhista não é contra o avanço tecnológico”, diz Gil Almeida, presidente do Sindimoto-SP.

Segundo ele, a questão previdenciária é um dos problemas a ser resolvido, mas não esgota as demandas do trabalhador.

“O carro-chefe não é a seguridade. A prioridade é o reajuste salarial. A gente é dono da moto, do celular, paga a internet, IPVA, manutenção e o combustível, que subiu. Mas a nossa remuneração pelas empresas está estacionada há sete anos, e os algoritmos jogam os preços do serviço para baixo. A seguridade sozinha não vai resolver o problema”, afirma Almeida.

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