Menu
Economia

Gasto de brasileiro no exterior quase dobra em julho, mas permanece abaixo de período pré-pandemia

Em relação ao mês anterior, a alta foi de US$ 3,3 milhões, segundo dados divulgados pelo BC (Banco Central) nesta quarta-feira (25)

Redação Jornal de Brasília

25/08/2021 16h08

economia

Imagem: Reprodução

Larissa Garcia
FolhaPress

Os gastos de brasileiros no exterior alcançaram US$ 452 milhões em julho, quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Em relação ao mês anterior, a alta foi de US$ 3,3 milhões, segundo dados divulgados pelo BC (Banco Central) nesta quarta-feira (25). Em junho, os desembolsos de turistas brasileiros lá fora já haviam crescido, com US$ 448,7 milhões, também quase o dobro do registrado no mesmo mês de 2020.

O nível dos últimos dois meses, no entanto, ainda está abaixo do registrado antes da pandemia de Covid-19, que costumava extrapolar US$ 1 bilhão mês a mês. Em junho e julho de 2019, por exemplo, os brasileiros gastaram US$ 1,5 bilhão e US$ 1,9 bilhão, respectivamente.

A crise afetou significativamente o segmento. Além do medo de contágio, o dólar alto desencorajou turistas. Alguns países também impuseram restrições para viajantes, como comprovante de vacina, quarentena ou exame negativo para Covid-19. Embora ainda em ritmo lento, o setor de turismo internacional mostra sinais de recuperação. Com o avanço da imunização no país nos últimos meses, brasileiros têm viajado mais para fora.

Os gastos de turistas estrangeiros no país, no entanto, continuam em baixa. Em julho, foram US$ 222,8 milhões, US$ 5 milhões a menos que no mês anterior. No mesmo período do ano passado, os desembolsos somaram US$ 417,1 milhões.

“A pandemia ainda afeta as viagens internacionais, mas já começa a ter alguma recuperação puxada pelas despesas [gastos dos brasileiros no exterior] que subiram 69% em comparação a julho do ano passado”, ressaltou o chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha.

No ano, até julho, os brasileiros gastaram US$ 2,4 bilhões em viagens internacionais. Na comparação com o mesmo período de 2020, quando foram US$ 3,84 bilhões, houve queda de 37,6%. Os primeiros meses do ano passado, anteriores à pandemia, tiveram resultados maiores e puxaram o número.

“Entre janeiro a julho deste ano, ainda temos um forte impacto da pandemia, porque a recuperação começou nos últimos meses. Além disso, o mesmo período de 2020 ainda engloba janeiro e fevereiro, antes da crise, o que aumenta a base de comparação”, pontuou Rocha.

Dentro das contas externas, viagens internacionais apresentaram resultado negativo de US$ 229 milhões em julho. Isso significa que mais recursos saíram do que entraram no país na modalidade. No semestre, houve saída líquida de 893 milhões.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado