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Economia

Falta de cédulas trava auxílio emergencial, e BC pede impressão de R$ 9 bilhões

Governo ainda não tem data para liberação da segunda parcela do benefício de R$ 600

Redação Jornal de Brasília

14/05/2020 10h50

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Foto: Reprodução

Bernardo Caram e Larissa Garcia
Brasília-DF

A escassez de cédulas de dinheiro no país travou os pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais. Fontes ouvidas pela Folha afirmam que a liberação da segunda parcela do benefício nessas condições poderia inviabilizar operações do sistema bancário.

Para tentar suprir a demanda, o Banco Central pediu que a Casa da Moeda antecipe a produção do correspondente a R$ 9 bilhões em cédulas e moedas até o fim de maio. De acordo com a autoridade monetária, o valor corresponde ao adiantamento, mas a quantidade de dinheiro em circulação contará ainda com a produção normal já programada.

No início de abril, o governo informou que os repasses da segunda parcela do auxílio seriam feitos nos dias 27, 28, 29 e 30 do mesmo mês. Portanto, o atraso já supera duas semanas. Embora o crédito orçamentário esteja liberado, há risco de faltar cédulas nos bancos para os saques feitos pelos beneficiários.

Até o momento, o governo não apresentou novo cronograma dos repasses. Procurado, o Ministério da Cidadania, responsável pelo programa, não apresentou previsão para os pagamentos. Os balanços diários divulgados pela Caixa Econômica Federal mostram que não há novos repasses no programa desde o início de maio.

Do começo do mês até agora, o número de beneficiados permaneceu inalterado em 50 milhões de pessoas. O valor dos recursos creditados nas contas está parado em R$ 35,5 bilhões no período. Ao longo desta semana, bancos e operadores do auxílio fizeram uma série de reuniões no Ministério da Cidadania.

O problema não está relacionado a uma falta de orçamento do governo. Até o momento, já foram liberados aproximadamente R$ 124 bilhões para a execução do programa. Segundo pessoas que participam das discussões, a falta de papel-moeda seria o principal entrave.

As informações são da Folhapress

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