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Economia

Dólar se ajusta à queda no exterior, mas cautela com alta de juros predomina

Em semana de formação da Taxa Ptax do fim de agosto, na quarta-feira, o mercado de câmbio já exibiu volatilidade nos primeiros negócios

Redação Jornal de Brasília

29/08/2022 10h39

Foto: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany

Em semana de formação da Taxa Ptax do fim de agosto, na quarta-feira, o mercado de câmbio já exibiu volatilidade nos primeiros negócios. O dólar abriu em alta leve nesta segunda-feira, mas passou a cair no mercado à vista, acompanhando enfraquecimento do índice DXY do dólar ante seis moedas principais no exterior, que teve mínima há pouco aos 108,553 pontos há pouco.

Apesar do recuo da moeda americana no exterior, que reflete ajustes após altas recentes, os mercados globais sustentam aversão a risco, reagindo a sinalizações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco Central Europeu (BCE) em Jackson Hole, sobre a necessidade de altas de juros agressivas nas reuniões de setembro para combater a inflação. No foco global está também o relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que será divulgado na sexta-feira

Mais cedo, o Produto Interno Bruto (PIB) dos países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cresceu apenas 0,3% no segundo trimestre de 2022 ante os três meses anteriores, segundo estimativa inicial divulgada pela entidade com sede em Paris nesta segunda-feira. O resultado repete o fraco desempenho do primeiro trimestre, quando o PIB da OCDE também aumentou 0,3%.

No mercado local, os investidores começam a semana avaliando o primeiro debate em tevê aberta entre os presidenciáveis, ontem à noite, e a pesquisa Focus, divulgada mais cedo pelo Banco Central, enquanto monitoram também a divulgação dos dados de crédito e do Caged e aguardam o resultado da dívida pública de julho (14h30).

A apresentação, pelo Palácio do Planalto, da PLOA para 2023, está no radar. O prazo termina na quarta-feira. Nos EUA, o foco estará hoje na vice-presidente Lael Brainard, que participa de evento às 15h15.

O relatório Focus traz hoje a segunda desacelaração seguida da mediana das estimativas para o IPCA em 2023, de 5,33% para 5,30%, acima do teto da meta. Mostrando sinais de desancoragem mais ampla, a mediana para o IPCA de 2024 continuou em 3,41%, contra 3,30% há um mês.

Às 9h43, o dólar à vista caía 0,24%, a R$ 5,0662. O dólar para setembro tinha viés de baixa de 0,03%, a R$ 5,0685.

Estadão Conteúdo

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