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Economia

Diretor do BC avalia que há ‘excesso’ em tentar transformar balanço de riscos em guidance

O diretor destacou que, na última reunião, todos os membros do comitê já concordavam que havia mais riscos de alta do que de baixa para as projeções de inflação

Redação Jornal de Brasília

22/08/2024 13h33

Foto: Agência Brasil

 Existe um “excesso” do mercado ao tentar interpretar o balanço de riscos do Comitê de Política Monetária (Copom) como um guidance para os próximos passos, avaliou nesta quinta-feira, 22, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen.

“Eu acho que tem um pouco de excesso de tentar transformar o balanço de riscos no guidance quando ele não deveria ser visto como um guidance de política monetária, ele é o balanço de riscos sobre a projeção de inflação”, disse Guillen, em um evento na PUC-Rio.

O diretor destacou que, na última reunião, todos os membros do comitê já concordavam que havia mais riscos de alta do que de baixa para as projeções de inflação, e por isso o balanço trouxe três vetores para cima e apenas dois de queda. E lembrou que vários membros já consideram que o balanço é assimétrico para cima.

“A gente está vendo no cenário, e eu sigo vendo assim, projeções mais elevadas e com mais riscos, levando a um cenário mais desafiador para o Comitê. E vai ser importante acompanhar esses dados. Então, a gente optou por não dar guidance”, disse Guillen, acrescentando que é necessário ser maus cauteloso na calibragem da política monetária.

O diretor afirmou, ainda, que na última reunião foram discutidas tanto estratégias de manutenção da taxa Selic, como de um eventual aumento, mas que ela não representa o próximo encontro.

No cenário corrente, o diretor observou que existe um arrefecimento da inflação e que o crédito tem evoluído conforme o esperado pelo BC.

Estadão Conteúdo

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