Leonardo Vieceli e Eduardi Cucolo
Rio de Janeiro, RJ e São Paulo, SP
Motor do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil, o consumo das famílias cresceu 3,6% em 2021, indicou nesta sexta-feira (4) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A alta veio após queda de 5,4% em 2020, quando a chegada da pandemia de Covid-19 derrubou a economia nacional.
O PIB do país avançou 0,5% no quarto trimestre de 2021 e encerrou o ano com crescimento de 4,6%.
O consumo das famílias é o principal componente do PIB sob a ótica da demanda, respondendo por cerca de 60% do cálculo do indicador no país.
Além da base de comparação fragilizada, a reabertura da economia também é apontada por analistas como um fator de influência para o crescimento em 2021.
A recuperação do consumo, entretanto, é ameaçada pelos juros mais altos no começo deste ano, pela inflação persistente e pela renda enxuta. Em conjunto, os três fatores diminuem o poder de compra da população.
Segundo os dados do PIB divulgados nesta sexta, os investimentos produtivos na economia brasileira, medidos pelo indicador de FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), também subiram em 2021. A alta foi de 17,2%, após queda de 0,5% no ano anterior.
O PIB sob a ótica da demanda contempla ainda exportações, importações e consumo do governo.
O consumo do governo caiu 4,5% em 2020 e cresceu 2% em 2021. As exportações avançaram 5,8% em 2021. Já as importações cresceram 12,4%.
O IBGE também apresentou os dados trimestrais do PIB nesta sexta. No quarto trimestre de 2021, o consumo das famílias avançou 0,7% frente aos três meses imediatamente anteriores. Os investimentos produtivos na economia cresceram 0,4% no mesmo período.
Enquanto isso, as exportações tiveram baixa de 2,4% entre outubro e dezembro. As importações subiram 0,5% em igual intervalo. O consumo do governo avançou 0,8%.