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Economia

Condução da política fiscal e meta devem ter credibilidade, afirma diretor do BC

Guillen observou que, assim como o mercado, o BC não gosta de trabalhar sob ambiente de incertezas

Redação Jornal de Brasília

09/11/2023 16h17

Prédio do Banco Central em Brasília. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, salientou nesta quinta-feira, 9, a importância de o País ter credibilidade fiscal para os juros caírem mais.

“A condução da política fiscal tem que ter credibilidade e a meta tem que ter credibilidade”, afirmou o diretor do BC durante evento do Itaú BBA.

Guillen observou que, assim como o mercado, o BC não gosta de trabalhar sob ambiente de incertezas.

Ele disse que o debate em torno da meta de inflação teve um desfecho positivo, com manutenção do objetivo central em 3% e a mudança do modelo para uma meta contínua. Porém, pontuou, a discussão agora passou a se dar sobre a meta fiscal, que por enquanto prevê o fim do déficit das contas primárias no ano que vem.

Guillen disse que o BC olha para a meta fiscal como um input para a tomada de decisões, considerando seus impactos em variáveis como câmbio e atividade.

Embora o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tenha feito avaliações de que o Brasil aumentou a capacidade de crescer com menor pressão inflacionária, Guillen considerou hoje ser prematuro avaliar se houve mudança no PIB potencial.

Em relação ao mercado de trabalho, o diretor do BC considerou que é dinâmico. Citou contratações do setor privado e taxa de desemprego baixa historicamente, ponderando que com a reforma trabalhista era de se esperar formalização, mas que há dificuldades de mensuração geradas pela pandemia, como na apuração da Nairu (taxa de desemprego de equilíbrio). “Semelhante a PIB potencial. Mensurar mudança de Nairu durante a pandemia é muito difícil.”

A redução da taxa de participação no mercado de trabalho tem sido um tema brasileiro e, diante de incerteza sobre quantidade, a atenção recai nos salários. “O risco de olhar salários é ficar atrasado”, afirmou. “A visão é que não tem grandes pressões altistas no trabalho. A dificuldade são os salários reais.” Quando há desinflação forte, como neste ano, é mais difícil medir salário real, disse..

Ele disse que o debate em torno da meta de inflação teve um desfecho positivo, com manutenção do objetivo central em 3% e a mudança do modelo para uma meta contínua. Porém, pontuou, a discussão agora passou a se dar sobre a meta fiscal, que por enquanto prevê o fim do déficit das contas primárias no ano que vem.

Guillen disse que o BC olha para a meta fiscal como um input para a tomada de decisões, considerando seus impactos em variáveis como câmbio e atividade.

Embora o presidente do BC, Roberto Campos Neto, tenha feito avaliações de que o Brasil aumentou a capacidade de crescer com menor pressão inflacionária, Guillen considerou hoje ser prematuro avaliar se houve mudança no PIB potencial.

Em relação ao mercado de trabalho, o diretor do BC considerou que é dinâmico. Citou contratações do setor privado e taxa de desemprego baixa historicamente, ponderando que com a reforma trabalhista era de se esperar formalização, mas que há dificuldades de mensuração geradas pela pandemia, como na apuração da Nairu (taxa de desemprego de equilíbrio). “Semelhante a PIB potencial. Mensurar mudança de Nairu durante a pandemia é muito difícil.”

A redução da taxa de participação no mercado de trabalho tem sido um tema brasileiro e, diante de incerteza sobre quantidade, a atenção recai nos salários. “O risco de olhar salários é ficar atrasado”, afirmou. “A visão é que não tem grandes pressões altistas no trabalho. A dificuldade são os salários reais.” Quando há desinflação forte, como neste ano, é mais difícil medir salário real, disse.

Estadão Conteúdo

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