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Economia

Comércio: de portas abertas todo mundo ganha

Arquivo Geral

12/07/2016 7h15

Renato de Oliveira

Jéssica Antunes
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Para gerar emprego, movimentar dinheiro e driblar a crise econômica, as cerca de 30 mil lojas de ruas e shoppings do Distrito Federal vão poder funcionar aos domingos, independentemente de acordo ou ação coletiva. A lei, aprovada no fim da atividade parlamentar do primeiro semestre, está nas mãos do governador Rodrigo Rollemberg. As entidades do comércio esperam anciosas a sanção.
O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL-DF), Álvaro Silveira Júnior, comemorou a aprovação. Para ele, a medida vai gerar mais empregos e não deve interferir nos direitos trabalhistas. “O comércio tem que ser livre. A abertura aos domingos não tira o direito dos trabalhadores porque somos obrigados a dar folga no sétimo dia”, afirmou.
Assim, quem trabalhar em um eventual domingo, folgará durante a semana, sem prejuízo aos dias ocupados. “Quem funciona de domingo a domingo precisa de 20% a mais de trabalhadores, o que gera mais empregos e renda. Num cenário de desemprego, a medida é ótima porque vai gerar mais vagas”, justificou o titular da CDL.
O Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista-DF) também aprova a nova lei. Presidente da entidade, Edson de Castro garante que o domingo é o segundo melhor dia de faturamento para as lojas, já que consumidores atarefados podem usar a folga pra ir às compras.
“Em uma cidade com mais de 400 mil servidores públicos esse fenômeno de ida às lojas aos domingos é crescente e pode-se dizer que isso gera empregos, renda e recolhimento de tributos aos cofres públicos”, afirmou.

Desemprego
Por suas contas, cerca de cem mil pessoas trabalham no comércio do DF. Para Edson, abrir aos domingos pode gerar empregos e reduzir os efeitos da crise econômica.
A autora da proposta, deputada Celina Leão (PPS), também acredita que decisão vai gerar mais empregos e renda no DF. “É relevante observar que o Brasil passa por uma crise econômica de grandes proporções, com a redução da atividade econômica e o aumento significativo do desemprego, fatores que têm afetado todas as atividades produtivas, inclusive, e de maneira acentuada, o comércio varejista”, justificou.
Se sancionada pelo governador, patrões e empregados terão a responsabilidade de negociar as gratificações referentes ao expediente nesses dias. Segundo Celina Leão, havia a informação de que haveria demissão de 20 mil trabalhadores. “A lei está evitando isso”, disse a parlamentar.

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