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Economia

Bolsas de NY fecham sem direção única, com Fed e dados fracos de China e EUA

Na contramão da maior parte do mercado acionário americano, ações de petroleiras subiram fortemente nesta segunda-feira

Redação Jornal de Brasília

16/05/2022 17h47

As bolsas de Nova York encerraram o pregão de nesta segunda-feira, 16, sem direção única, mas com viés negativo. Dos três principais índices acionários de Wall Street, dois terminaram o dia em baixa, com o Dow Jones no azul apoiado por ações de petroleiras, que tiveram altas fortes ao acompanharem o preço do óleo no mercado futuro. Novos comentários do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em defesa do aperto monetário nos EUA e dados fraco das duas maiores potências globais pressionaram os papéis ao longo do dia.

O Dow Jones fechou em alta de 0,08%, aos 32.223,42 pontos, o S&P 500 recuou 0,39%, aos 4.008,01 pontos, e o Nasdaq terminou o dia com queda de 1,20%, aos 11.662,79 pontos.

Em evento nesta segunda-feira, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, voltou a defender um aperto monetário ágil nos EUA para combater a forte inflação local, “problema número um” do BC americano neste momento.

O prospecto de condições financeiras menos relaxadas segue prejudicando ações de companhias de alta tecnologia, sensíveis à trajetória dos juros. Entre as principais baixas no setor nesta segunda-feira, Tesla (-5,88%) e Amazon (-1,99%) se destacaram.

Já as ações do Twitter despencaram 8,18%, em meio ao conturbado processo de aquisição da companhia pelo CEO da Tesla, Elon Musk. Mais cedo, o bilionário respondeu com sarcasmo a postagens do atual CEO da rede social, Parag Agrawal, sobre a presença de contas robotizadas na plataforma. O tema foi motivo para Musk afirmar, na semana passada, que deixou a compra do Twitter “em suspenso”.

Em cenário mais amplo, o pregão desta segunda-feira foi novamente de apetite por risco contido em Wall Street, após dados industriais e de varejo da China decepcionarem em baixa, assim como o índice de atividade industrial Empire State de maio nos EUA. Segundo o analista Edward Moya, da Oanda, os indicadores reforçaram “riscos de estagflação e uma recessão muito mais cedo” que o esperado.

Apesar da “severa surpresa” no dado americano, a Oxford Economics diz que ele não é tão crucial, enquanto os indicadores chineses indicam que os problemas na cadeia produtiva do país podem se estender até o mês que vem, à medida que a China relaxa suas medidas de restrição contra a covid-19.

Na contramão da maior parte do mercado acionário americano, ações de petroleiras subiram fortemente nesta segunda-feira em meio à forte alta do barril de petróleo no mercado futuro. Duas das principais empresas americanas do ramo, Chevron e ExxonMobil subiram 3,09% e 2,44%, respectivamente.

Estadão Conteúdo

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