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Economia

Bolsas de NY fecham mistas, com recorde do Dow Jones, antes de balanços das titãs de tech e Fed

Os investidores seguem ainda no aguardo da decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc) sobre a taxa básica de juros

Redação Jornal de Brasília

30/01/2024 19h04

Foto: Reprodução/ Shutterstock

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta terça, 30, com o Dow Jones em novo recorde de fechamento, à medida que os investidores se preparam para a divulgação de uma série de balanços das empresas de tecnologia de grande capitalização. Os investidores seguem ainda no aguardo da decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto do Federal Reserve (Fomc) sobre a taxa básica de juros, será anunciada nesta quarta-feira (31).

O Dow Jones subiu 0,35%, aos 38.467,31 pontos, renovando a máxima histórica de fechamento. O S&P 500 fechou em queda de 0,06%, aos 4.924,97 pontos. O Nasdaq terminou o pregão em baixa de 0,76%, aos 15.509,90 pontos.

“Depois de um início de temporada medíocre, os resultados dos balanços nos EUA melhoraram recentemente. Dito isto, as empresas não foram recompensadas em termos de reação nos preços das ações”, escreveu o chefe de pesquisa para estratégia com ações da Julius Baer, Mathieu Racheter. A taxa de resultados acima das expectativas aumentou de 62% para 69%, embora ainda esteja abaixo da média de 10 anos, de 75%, segundo o analista. No geral, os lucros do quarto trimestre ficaram até agora 5,3% abaixo das estimativas – a média de 10 anos é de +6,7%. O desempenho foi pressionado por resultados decepcionantes do setor financeiro, completou. Por outro lado, as empresas de tecnologia da informação e os conglomerados da indústria surpreenderam positivamente, disse Racheter.

Entre as ações componentes do Dow Jones, a Apple cedeu 1,92%. O analista da TF International Securities, uma empresa de serviços financeiros da região da Ásia-Pacífico, estimou que os embarques de iPhone devem, provavelmente, cair 15% no comparativo anual em razão de desafios estruturais. A Apple abre seus dados trimestrais na quinta-feira.

A Microsoft recuou 0,28% em meio às expectativas com o resultado da companhia, que saiu após o fechamento desta terça-feira.

A General Motors disparou 7,62%, a US$ 38,16, o que representou o maior patamar de fechamento desde 31 de julho de 2023, quando terminou o pregão a US$ 38,37. O ímpeto foi gerado pelos lucros melhores do que o esperado. A montadora registrou lucrou líquido de US$ 2,10 bilhões, com lucro ajustado de US$ 1,24 por ação, acima do consenso de US$ 1,16, segundo a FacSet.

As ações do Citigroup subiram 5,51% e fecharam a US$ 57,09, o que ampliou o ganho acumulado no mês para 10,98%, caminhando para o melhor desempenho desde dezembro de 2023, quando acumulou ganho de 11,58%. Uma analista Morgan Stanley melhorou as recomendações para as ações de vários grandes bancos dos EUA hoje, o que puxou para cima todo o setor.

A Boeing perdeu 2,31% antes da divulgação do balanço previsto para quarta-feira.

O encontro do FOMC começou nesta terça-feira e as apostas no mercado de futuros dos Fed Funds projetam uma probabilidade de 97% de que as taxas de juros seguirão inalteradas, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group. As atenções deverão se voltar para comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, em busca de sinais sobre o início do esperado ciclo de flexibilização monetária.

Entre os indicadores divulgados, a abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos subiu de 8,925 milhões em novembro (número revisado de 8,79 milhões) para 9,026 milhões em dezembro, de acordo com o relatório Jolts. Já o Conference Board revelou um avanço da confiança do consumidor americano em janeiro.

Estadão Conteúdo

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