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Economia

Bolsas de NY fecham em baixa, pressionadas por balanços e alta dos juros dos Treasuries

A divulgação de indicadores apresentando resiliência da economia americana reforçou a perspectiva de um aperto monetário

Redação Jornal de Brasília

25/10/2023 17h38

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira, 25, pressionadas pela divulgação de alguns balanços com resultados e perspectivas vistos como preocupantes por investidores. O destaque foi a Alphabet, controlada do Google, que recuou quase 10%, e teve especial impacto no Nasdaq, que caiu mais de 2%. Além disso, o avanço no rendimento dos Treasuries pressionou o mercado acionário. A divulgação de indicadores apresentando resiliência da economia americana reforçou a perspectiva de um aperto monetário mais forte para conter a inflação pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,32%, em 33.036,00 pontos, o S&P 500 caiu 1,43%, a 4186,77 pontos, e o Nasdaq recuou 2,43%, a 12821,22 pontos.

Para Edward Moya, analista da Oanda, o aumento dos rendimentos dos Treasuries e os balanços mistos fizeram com que os investidores em ações apertassem o botão de venda. “Uma infinidade de balanços e atualizações corporativas continham uma dose constante de aumentos de preços que estão sendo repassados ao consumidor”, avalia.

“A Alphabet registrou fortes resultados financeiros e de resultados, uma receita decente de anúncios, mas foi ofuscada por uma perda de receita na nuvem”, afirma o analista. “A IA generativa deveria aumentar a receita da nuvem do Google e isso claramente não aconteceu”, explica, o que pressionou a ação da empresa a uma queda de 9,51%. O outro gigante da tecnologia a relatar resultados foi a Microsoft, que gerou fortes receitas na nuvem e continua sendo uma das negociações favoritas de IA no futuro. As ações da companhia subiram 3,07%. “Com a IA ainda em um estágio inicial, deveria haver oportunidades suficientes para que todos prosperassem nesta temporada de lucros”, acredita Moya Outra gigante do setor, a Meta recuou 4,17%, com expectativa pelos números trimestrais da empresa que serão abertos após o fechamento da sessão.

Entre outros balanços, a Visa subiu 0,90% após divulgar resultados na terça. A Boeing caiu 2,54%, depois de ter publicado seu balanço antes da abertura do mercado nesta quarta.

Além disso, o número de vendas de moradias novas nos Estados Unidos em setembro subiu bem mais que o esperado, em mais um indicativo de resiliência da economia local. Fica cada vez mais aparente para o mercado que a atividade dos EUA continua excepcionalmente forte, a despeito da desaceleração global.

Estadão Conteúdo

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