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Economia

Bolsa volta a cair e caminha para mais uma semana de perdas; dólar oscila

Em meio a dados recentes mostrando uma economia norte-americana robusta, agentes financeiros têm ajustados apostas sobre o começo

Redação Jornal de Brasília

19/01/2024 15h56

Dólar

Foto: Reprodução/ Flickr

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

A Bolsa brasileira operava em leve alta e o dólar caía na manhã desta sexta-feira (19), num dia de ajustes após três quedas seguidas do Ibovespa e altas da moeda americana nos últimos dias.

Em meio a dados recentes mostrando uma economia norte-americana robusta, agentes financeiros têm ajustados apostas sobre o começo e o tamanho de um bastante aguardado ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve (banco central americano), com alguns já avaliando que uma redução em março pode ser uma aposta muito otimista.

Isso tem afetado particularmente mercados emergentes, como o Brasil, que tendem a se beneficiar de perspectivas de juros mais baixos em economias como os Estados Unidos. Até a quinta-feira, o índice MSCI para mercado emergentes acumulava uma queda de mais de 6% no mês.

Às 12h12, o Ibovespa recuava 0,37%, aos 126.840 pontos, enquanto o dólar tinha variação positiva 0,08%, praticamente estável cotado a R$ 4,935.

Na véspera, em sessão marcada por vaivém, o dólar chegou a subir para R$ 4,9570, maior patamar intradiário desde 13 de dezembro, depois que uma queda forte nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos alimentou movimento recente de redução de apostas em um corte de juros em março pelo Fed, corroborado também por resistência das autoridades do Fed a um início precoce do afrouxamento monetário.

Os investidores agora esperam que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) faça cortes de 1,4 ponto percentual nos juros neste ano, abaixo do 1,65 ponto estimado na semana anterior. Eles também veem uma chance de aproximadamente 54% de que o primeiro corte ocorra em março, em comparação com 77% uma semana atrás.

O economista-chefe da Genial Investimentos, José Marcio Camargo, escreveu em relatório a clientes que a política monetária do Fed é “muito dependente dos dados e, desta forma, gera grande volatilidade nos preços dos ativos financeiros” conforme novas informações são divulgadas.

Na semana que vem, serão divulgados nos EUA dados de inflação acompanhados de perto pelo Federal Reserve, os do índice PCE, que podem ajudar a nortear as expectativas de mercado, disseram vários operadores nesta sexta-feira.

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