A atividade industrial teve redução em maio, com queda nas horas trabalhadas na produção e com diminuição na Utilização da Capacidade Instalada (UCI). Ainda assim, a Confederação Nacional da Industria (CNI) considera que o patamar está elevado, já que as horas trabalhadas ainda estão na mesma faixa observada em fevereiro de 2020, antes da pandemia de covid-19 e a UCI se encontra em patamar superior.
De acordo com a economista da CNI, Maria Carolina Marques, o emprego na indústria de transformação registrou crescimento de 0,5% em maio, o décimo consecutivo, na comparação com fevereiro, na série livre de efeitos sazonais. “Essa variação mensal é forte para o indicador, e foi observada pela última vez em 2010”, explica.
A massa salarial real também apresentou retração, com 0,8% em comparação a abril. A queda se dá após dois meses de crescimento do índice. Mesmo oscilando, a CNI também vê uma tendência de alta, acompanhando o crescimento do emprego. No ano, a massa ainda representa crescimento acumulado de 1,7%.
Já o faturamento real da Indústria de Transformação apresentou aumento de 0,7% entre abril e maio, na série livre de efeitos sazonais. O indicador vem oscilando entre altas e quedas desde o início de 2021. “Apesar disso, já se pode afirmar que o indicador assume uma tendência de queda, pois as altas não têm compensado as retrações e o indicador se encontra 3,3% menor que em janeiro de 2021”, avalia Maria Carolina.
