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Economia

Analistas projetam déficit primário de R$ 82,817 bi em 2024, revela Prisma Fiscal

A Lei Orçamentária Anual de 2024 prevê um pequeno superávit, de R$ 2,8 bilhões, este ano, dentro do resultado neutro almejado

Redação Jornal de Brasília

14/03/2024 10h59

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 Os analistas de mercado ouvidos mensalmente pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda projetam que o governo entregará um resultado primário com déficit de R$ 82,817 bilhões em 2024. Os dados constam do boletim Prisma Fiscal de março, divulgado nesta quinta-feira, 14 No documento anterior, de fevereiro, a estimativa era de rombo de R$ 83,974 bilhões.

O governo pretende zerar o déficit este ano com o novo arcabouço fiscal, aprovado no ano passado. A Lei Orçamentária Anual de 2024 prevê um pequeno superávit, de R$ 2,8 bilhões, este ano, dentro do resultado neutro almejado.

Para 2025, a expectativa do mercado é de déficit de R$ 86,541 bilhões – no mês anterior, a projeção era de rombo de R$ 79,740 bilhões. O arcabouço fiscal coloca como meta um superávit equivalente a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano

Um dos objetivos da nova regra fiscal é perseguir superávits primários, partindo de um resultado neutro em 2024. A proposta, com regras mais flexíveis para as despesas do governo, substituiu o teto de gastos. As despesas só poderão crescer em até 70% do aumento da receita, dentro do intervalo de 0,6% a 2,5% acima da inflação.

O Prisma deste mês revisou para cima as previsões do mercado para as receitas federais em 2024, com a estimativa passando de R$ 2,545 trilhões para R$ 2,565 trilhões. Para 2025, a projeção de arrecadação passou de R$ 2,694 trilhões para R$ 2,706 trilhões.

A estimativa para a receita líquida do governo central este ano passou de R$ 2,092 trilhões para R$ 2,100 trilhões, enquanto para o próximo ano variou de R$ 2,222 trilhões para R$ 2,211 trilhões. O número de fevereiro para 2025 foi revisado de R$ 2,221 trilhões, no relatório publicado no mês passado, para R$ 2,222 trilhões em documento atualizado em março.

Pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do governo central este ano passou de R$ 2,178 trilhões para R$ 2,180 trilhões. Para 2025, a estimativa caiu de R$ 2,306 trilhões para R$ 2,304 trilhões. O número de fevereiro para 2025 foi revisado de R$ 2,303 trilhões, no relatório publicado no mês passado, para R$ 2,306 trilhões em documento atualizado em março.

A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral de 2024 passou de 77,67% do PIB no mês anterior para 77,50% do PIB no relatório divulgado nesta quarta. Para 2025, a estimativa passou de 80,10% para 80,09%, na mesma comparação.

Estadão Conteúdo

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