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Concursos & Carreiras

Especialista dá dicas para passar no concurso do Senado e ganhar até R$ 33 mil

Segundo professor que trabalha no Senado, os que estavam estudando antes da publicação do edital possuem mais chances de conseguir a nomeação

Redação Jornal de Brasília

27/08/2022 8h55

Palácio do Congresso Nacional na Esplanada dos Ministérios em Brasília. Foto: Agência Brasil

Por: Gabriel de Sousa
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Quem não gostaria de começar o mês com R$ 33 mil na conta? Pode parecer até mentira, mas o concurso do Senado Federal, que finalmente teve o seu edital publicado nesta terça-feira (23), pode proporcionar essa realidade, com 22 vagas imediatas e outras 980 para cadastro reserva. A banca organizadora será a Fundação Getúlio Vargas (FGV), e as inscrições podem ser feitas até o dia 21 de setembro.

Das oportunidades ofertadas, duas são para consultor legislativo e uma é para advogado, que receberão R$ 33.468,68 mensais. Já 12 são para analistas legislativos, que receberão salários iniciais de R$ 25.897,76, e sete serão destinados para novos técnicos legislativos, com remunerações de R$ 19.427,19. Acredite, esta é a “menor” faixa salarial oferecida pelo certame.

Mas para ser aprovado e ter estes salários atrativos, é importante ter muita dedicação e estudo para se sair bem na prova objetiva, que será aplicada nos dias 6 de novembro (técnicos e analistas) e 27 de novembro (consultores). O último concurso para o Senado aconteceu em 2012, e muitos concorrentes estão estudando desde aquele período para conquistar a tão sonhada vaga.

Quem estuda desde antes, deve passar

De acordo com Júlio Ponte, professor de Regimento Interno e policial legislativo do Senado, além das grandes remunerações, outros benefícios tornam o concurso um dos mais desejados de todo o país. “São poucos os concursos que pagam 20, 26 ou até mais de 30 mil reais iniciais, a depender do cargo. Isso atrai muita gente, mas também a flexibilidade de carga horária, o ambiente de trabalho e plano de saúde”, explica.

Segundo o professor, os 22 aprovados no concurso público devem ser aqueles que estiveram se preparando há muito tempo, estando muito mais preparados dos que começaram recentemente a sua rotina de aprendizados. “Acredito que as vagas deste concurso serão conquistadas por quem já estava estudando. É muito difícil alguém começar a estudar após o edital do concurso do Senado e lograr a aprovação”, explica.

Na reta final de estudos antes da prova, o professor recomenda que a competência de regimento interno do Senado deve ser a matéria mais importante do certame. Já os que desejam ser policiais legislativos, estes deverão estudar três matérias específicas. “Eu daria uma atenção especial a direito penal, direito processual penal e a legislação penal específica. Porque isso vai ser objeto de questões objetivas, e, possivelmente, objeto de uma questão discursiva”, ressalta Ponte.

O especialista relembra problemas antigos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), banca organizadora deste atual concurso, e que também organizou os últimos dois certames, realizados em 2008 e 2012: “Ambos os concursos tiveram problemas. Nós tivemos questões mal elaboradas, tivemos questões que deveriam ser anuladas e não foram. Eu não tenho grandes expectativas que a FGV agora mudou da água para o vinho”.

Seis anos de preparação

Uma das candidatas que irá prestar o concurso do Senado é a jornalista Caroline Nogueira, que há seis anos está estudando para o certame, levando em frente o seu sonho de se tornar uma nova analista de processo legislativo. Para ela, além da alta remuneração, o sonho de trabalhar em uma área em que tem afeição é um dos grandes motivos para a sua dedicação de longa data.

“Além do salário, a estabilidade que é o que todo mundo busca em um concurso público. Eu quis casar isso com uma área que me agrada, eu comecei a estudar processo legislativo e eu achei um máximo, eu adorei”, explica a concurseira.

Antes da pandemia de covid-19, Caroline começou a estudar em um cursinho presencial para se preparar para a seleção. Com o surgimento da pandemia, ela teve que se readaptar e começar a estudar dentro de casa. Nesta reta final, ela terá que dividir o tempo de estudos entre a sua graduação em Direito e a sua meta de nomeação.

“Como eu estou com a faculdade junto, eu estou tendo que equilibrar. Eu não consigo ficar o dia inteiro estudando tudo, eu tenho que fazer uma mescla para também conseguir fazer as minhas coisas da faculdade”, relata.

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