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Brasil

“Cangaceiro Trader” é preso por fraudes que ultrapassam R$10 mil

O MPCE pediu o sequestro de cerca de R$ 6 milhões das contas do investigado, para salvaguardar o patrimônio das vítimas dos “golpes”.

Tereza Neuberger

14/12/2023 16h17

Com 319 mil seguidores, o digital influencer, Francisco Emanuel Pereira dos Santos, conhecido como “Cangaceiro Trader ou Canga”, foi preso na manhã desta quinta-feira (14), pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP), em operação deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). O trader é acusado de aplicar golpes em cinco estados brasileiros.

 

O cearense é suspeito de praticar lavagem de dinheiro, estelionato e crimes contra a economia popular.  Ele foi preso preventivamente em um condomínio de alto padrão, no município de Carapicuíba, em São Paulo. Durante as buscas, a polícia apreendeu equipamentos, eletrônicos, blocos de anotações, veículo e relógios de luxo.

Foto: MPCE

“Canga” se apresenta como “trader de maior reconhecimento mundial” em suas redes sociais, por meio das quais oferece cursos e propostas de “alavancagem de contas”, com promessas de lucros acima da média de outros investimentos, o que foi constatado pelas investigações se tratar de fraude.

 

Investigação 

“Canga”, na condição de “coach”, prometia uma série de vantagens inimagináveis às vítimas, as quais nunca se cumpriam. Durante as investigações, foram identificadad vítimas do esquema em cinco estados brasileiros (Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

 

Nos depoimentos, as vítimas relataram como funcionava o golpe em detalhe. Em uma das operações fraudulentas chamada “quebra da banca”, o trader se apropriava do dinheiro dos clientes e repassava parte para uma corretora parceira, quando i o investimento em determinadas ações da bolsa fracassava.

 

Esses fatos foram comprovados pela análise da medida cautelar de quebra de sigilo bancário e fiscal deferida pelo juízo da 11ª Vara Criminal de Fortaleza. As investigações evidenciaram uma movimentação milionária em suas contas, bem como a ocorrência de diversas tipologias de lavagem de dinheiro, como a conversão de moeda em criptoativos, com fins de mascarar a sua origem ilícita do dinheiro.

 

Em razão da grande quantidade de vítimas, o MPCE pediu o sequestro de cerca de R$ 6 milhões das contas do investigado, como medida cautelar para salvaguardar o patrimônio das pessoas que foram prejudicadas pelos “golpes”. O Ministério Público estima que as fraudes aplicadas contra os clientes das operações ultrapassem o valor de R$ 10 milhões.

 

Denúncias 

O Ministério Público do Estado do Ceará criou um canal direto para receber denúncias de clientes que foram vítimas desse golpe. Basta enviar as informações e os dados para o e-mail [email protected].

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