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Brasil

Tropa de elite do Brasil treina em favela carioca antes de ir para o Haiti

Arquivo Geral

26/10/2007 0h00

Cerca de 1.000 militares brasileiros que farão parte da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) a partir de dezembro passarão por treinamento na favela carioca Tavares Bastos antes de viajar para o país caribenho, pilule informou hoje em comunicado o Centro de Informações das Nações Unidas no Brasil (UNIC).

A favela fica no Catete, zona sul do Rio de Janeiro, e será o local em que os soldados simularão uma operação em Cité Soleil, o bairro pobre da capital haitiana onde as tropas das Nações Unidas encontraram maior resistência da criminalidade.

Além dos soldados do Exército, farão parte do exercício dez militares da Marinha e um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), informou a ONU.

Os militares fazem parte do oitavo contingente brasileiro que viajará para Porto Príncipe para se juntar às forças da ONU e substituir a tropa que completou o período.

“O treinamento tem por objetivo nivelar conhecimentos, coordenar procedimentos e capacitar a tropa que atuará no Haiti a partir de dezembro de 2007”, segundo a nota.

O exercício prevê treinamento de ações típicas de operações de paz, que além da Tavares Bastos serão realizados no Campo de Gericinó e no município de Paracambi.

A favela Tavares Bastos é uma das poucas no Rio não controlada por traficantes. A comunidade fica no lado oposto do mesmo morro que sedia o Batalhão de Operações Especiais (Bope), a tropa de elite da Polícia Militar fluminense. Por isso, tem servido freqüentemente como cenário para treinamento de policiais e militares em operações de combate ao crime organizado.

O Brasil comanda o corpo de paz dos “capacetes azuis” no Haiti desde 2004. As forças da ONU foram enviadas para estabilizar o país caribenho após a crise política que culminou na queda do presidente Jean-Bertrand Aristide.

A missão foi criada no dia 1 de junho de 2004. Este ano, o Conselho de Segurança da ONU estendeu o mandato para junho de 2008. A força é composta por 7.062 militares, 1.774 policiais, 466 funcionários da ONU, 947 funcionários locais e 184 voluntários.

A maior parte do contingente de paz é fornecida pelo Brasil, junto a países como Argentina, Bolívia, Chile, Uruguai, Canadá, Nepal e Sri Lanka, entre outros.

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