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Brasil

Suspeitos de matar policial da Rota em Guarujá trocam acusações

O ataque ao soldado e a um cabo, que sobreviveu, ocorreu na última quinta (27), em Guarujá, litoral paulista

Redação Jornal de Brasília

02/08/2023 22h24

Imagem: Reprodução/Web

TULIO KRUSE
GUARUJÁ, SP (FOLHAPRESS)

Dois suspeitos de terem participado da morte do soldado Patrick Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), trocam acusações sobre quem teria sido o autor dos tiros.

A Polícia Civil diz não ter mais dúvidas de que todos os envolvidos no crime foram presos. Ainda não se sabe, porém, quem está dizendo a verdade sobre o momento dos disparos.

O ataque ao soldado e a um cabo, que sobreviveu, ocorreu na última quinta (27), em Guarujá, litoral paulista. Ao todo, três homens estão presos sob suspeita de envolvimento no crime.

Erickson David da Silva, 28, conhecido como Deivinho, era apontado pela polícia com o autor do crime no momento em que se entregou, na noite de domingo (30), na zona sul de São Paulo.

Antes de se entregar, ele gravou um vídeo no qual nega participação no ataque e pede ao governo paulista “o fim da matança”, em referência as mortes registradas na operação no litoral. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele após a prisão.

Em depoimento à polícia, Erickson acusou Marco Antônio de Assis Silva, 26, conhecido como Mazaropi, de ter disparado a pistola 9 mm em direção ao carro da Rota. Marco foi preso em Guarujá na sexta-feira (28).

Na madrugada desta quarta (2), a polícia prendeu em Santos, cidade vizinha do Guarujá, o último suspeito de ter participado do ataque: Cauã, irmão de Erickson.

Segundo a polícia, ele admitiu estar com os outros dois suspeitos no momento em que o soldado Reis foi atingido. Assim como o irmão, ele citou Marco como autor dos disparos.

De acordo com o delegado Antônio Sucupira, da Delegacia de Guarujá, Erickson alegou que tinha uma desavença com Marco e que esse seria o motivo de ter sido apontado como o atirador.

Marco teria se desentendido com a mulher de Erickson. A polícia chegou a ouvi-la para entender o caso, mas não chegou a uma conclusão, pois ela confirmou que houve um desentendimento, mas contou outra versão e citou outras datas.

“Nós temos a certeza de que todos estavam lá no momento dos disparos”, disse Sucupira. “Cabe à investigação definir e individualizar a participação de cada um neste evento.”

Não há informações se Cauã e Marco já têm advogados.

O delegado também diz que um dos três suspeitos foi quem deixou a arma do crime escondida em um beco da Vila Júlia, entre dois barracos. Sucupira não informou o nome desse suspeito.

A polícia ouviu ainda uma testemunha que estaria com os três suspeitos no momento dos disparos. O delegado não respondeu quem teria sido apontado por essa testemunha como o autor dos disparos.

Uma cápsula e um projétil passarão por perícia para determinar se a arma encontrada é a mesma que matou o soldado Reis. Ele foi baleado durante um patrulhamento de rotina na quinta-feira, na comunidade Vila Zilda, quando a viatura na qual estava deixava o local, já sob tiros, segundo o boletim de ocorrência.

Reis foi atingido na axila e chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O cabo Marin, que participava do patrulhamento, foi baleado na mão esquerda.

A morte motivou a Operação Escudo na Baixada Santista, que vai durar um mês e envolve agentes de todos os 15 batalhões de operação especiais do estado. Ao menos 16 pessoas já morreram durante as ações policiais, segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

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