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Brasil

STF homologa delação de Ronnie Lessa, acusado de executar Marielle

O ato de homologação foi referendado pelo relator do caso no Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes

Redação Jornal de Brasília

19/03/2024 22h47

Foto: Banco de Imagens

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou no começo da noite de ontem que o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou delação premiada feita pelo ex-policial militar Ronie Lessa, no inquérito que apura o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes. O ato de homologação foi referendado pelo relator do caso no STF, o ministro Alexandre de Moraes.

“A colaboração premiada tramita em segredo de Justiça, obviamente este ministro (ele mesmo, Lewandowski) não teve acesso a ela, como é evidente, mas nós sabemos que esta colaboração premiada, que é um meio de obtenção de provas, traz elementos importantíssimos que nos levam a crer que brevemente teremos a solução do assassinato da vereadora Marielle Franco”, disse.

“Esse procedimento seguiu o estritamente o devido processo legal”, completou o ministro da Justiça.

‘Elucidação próxima’

Segundo ele, “a elucidação do caso está próxima”. Lewandowski ainda elogiou o trabalho da Polícia Federal (PF), que assumiu a investigação do caso em fevereiro do ano passado. O inquérito teve início no Ministério Público do Rio de Janeiro, mas, em cinco anos de tramitação, não chegou à autoria do crime.

A apuração sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes foi transferida para o Supremo na última semana, o que indica a eventual suspeita de participação de autoridades com o foro privilegiado, que possuem foro na Corte: presidente da República, vice-presidente, ministros, senadores, deputados federais, membros dos tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores.

Até o momento não foi divulgada a informação de que autoridade seria essa. A investigação vinha tramitando no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O assassinato completou seis anos na ultima quinta-feira.

Embora os apontados como o autor dos disparos e o motorista que o conduziu naquela noite de 17 de março de 2018 no Rio de Janeiro estejam presos, ainda falta saber quem mandou matar a vereadora.

Os investigadores ainda não revelaram detalhes sobre a motivação Por volta das 21h30, Marielle e Anderson foram alvejados em uma rua do Estácio, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, por sete tiros, disparados de dentro de um carro. Eles voltavam de um evento promovido pelo partido da vereadora, o PSOL.

A jornalista Fernanda Chaves, então assessora da parlamentar, estava no veículo e sobreviveu ao ataque, atingida por estilhaços de vidro.

Primeiro delator

Ronnie Lessa é acusado de ter efetuado os disparos que mataram a vereadora e o seu motorista. No ano passado, Élcio Queiroz, que era quem dirigia o carro utilizado pelos criminosos, segundo a investigação, também fechou um acordo de delação premiada.

Na época ministro da Justiça, e agora ministro do STF, Flávio Dino, anunciou o acordo de delação premiada com Élcio Queiroz e disse que o depoimento iria colocar os mandantes na mira do inquérito policial. Apesar da expectativa, o crime segue sem a definição da autoria.

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