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Brasil

Sede de site de notícias é atacada a tiros em Rondônia

Dono do site conta que bolsonaristas andavam irritados com postura do veículo

FolhaPress

12/11/2022 20h11

Foto: Reprodução

Leonardo Augusto

A sede do site de notícias Rondônia ao Vivo, em Porto Velho (RO), foi atingida a tiros na madrugada deste sábado (12). Janelas e a porta de vidro da parte da frente do imóvel onde funciona a empresa foram estilhaçadas. Um vídeo feito por câmera de segurança mostra um homem se aproximando e disparando contra o local. Ninguém ficou ferido –no momento do ataque não havia ninguém na empresa.

O dono do site, Paulo Andreoli, afirmou ter recebido informações de autoridades policiais de que 19 cápsulas de pistola calibre 9 milímetros foram encontradas em frente ao imóvel. Ele disse acreditar que o ataque tenha relação com grupos radicais bolsonaristas da cidade.

As imagens da câmera de segurança mostram um homem de calças jeans, jaqueta e bonés pretos se aproximando da entrada da empresa. Ele olha para os lados e inicia a sequência de tiros. Em seguida, deixa o local. Andreoli afirmou que a câmera foi colocada do outro lado da rua pela própria empresa diante da preocupação de que esse tipo de ato ocorresse.

“Adotamos a postura de chamar de atos antidemocráticos as manifestações de bolsonaristas em frente à 17ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército aqui em Porto Velho”, disse. O empresário afirmou que essa decisão teria irritado apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). “Também nos colocaram em uma lista de empresas que supostamente apoiam a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou.

A seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Rondônia divulgou nota em que repudia o ataque contra o site.
“Felizmente nenhum dos profissionais foi ferido fisicamente, mas é lamentável o estresse e a pressão psicológica que ocasiona”, afirma.

“A comunicação livre é um dos pilares para uma democracia sólida em nosso país e é necessário respeito às opiniões diversas. Reafirmamos nosso compromisso com a verdade e pedimos a apuração imediata para solução do caso”, conclui o texto.

Procurada pela reportagem, a Polícia Civil de Rondônia ainda não respondeu aos pedidos de entrevista.

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