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Brasil

Saúde define prioridades na imunização de crianças contra a covid

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 20,5 milhões de crianças entre 5 e 11 anos no Brasil

Geovanna Bispo

04/01/2022 12h55

Foto: Reprodução

Em audiência pública para discutir a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19, o Ministério da Saúde detalhou como será a ordem de imunização do grupo. O evento ocorreu nesta terça-feira (04), na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em Brasília.

Segundo a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, a prioridade será feita da seguinte maneira:

  • Crianças com deficiência permanente ou comorbidade;
  • Crianças que residem e tem contato com pessoas com comorbidades;
  • Crianças sem comorbidades na seguinte ordem: 10 e 11 anos, 8 e 9 anos, 6 e 7 anos e 5 anos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 20,5 milhões de crianças entre 5 e 11 anos no Brasil. Na tarde de ontem, a Pfizer, laboratório que produz a única vacina autorizada a imunizar o grupo, informou que, até março deste ano, irá entregar cerca de 20 milhões de doses ao Governo Federal. Ou seja, até março quase todas as crianças estarão com, pelo menos, uma das doses do imunizante.

Ainda ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que a vacinação do grupo deve começar na segunda quinzena de janeiro, com 1.248 milhão de doses, que devem chegar ao país no dia 13 de janeiro.

Prescrição médica

Outro assunto abordado durante o evento foi a necessidade de apresentação de prescrição médica e autorização de pais e/ou responsáveis para imunizar a criança. Ainda de acordo com a Melo, essa decisão contrariou o próprio resultado da pesquisa pública feita pela pasta, que contou com mais de 99 mil respostas.

Anvisa

Além de Rosana Melo, a audiência pública contou com a participação de representantes do ministério, especialistas de entidades ligadas ao tema e três médicos indicados pela presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara, Bia Kicis (PSL-DF) que, assim como o presidente Jair Bolsonaro (PL), defendem o tratamento precoce contra o vírus e são contrários ao “passaporte da vacina” – comprovante vacinal.

Mesmo com todos esses profissionais, a principal entidade, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não esteve presente. A agência, que foi a responsável pela autorização da vacinação de crianças, recebeu o convite para participar, mas decidiu declinar.

“(A Anvisa) encaminhou um e-mail ao Ministério da Saúde e informou que o parecer da agência é público e que não irá agregar ao debate, por isso, não há representante da Anvisa aqui”, informou a Saúde no início da audiência.

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