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Brasil

Rio Negro tem pior seca em 121 anos

O estado passa por uma seca histórica e enfrenta diversas queimadas, levando a problemas na distribuição de alimentos e água

Redação Jornal de Brasília

16/10/2023 17h20

Foto: Michael Dantas/AFP

Neste ano, o Rio Negro, com quase 1.700 km de extensão, alcançou a marca de 13,59 metros, tornando, assim, 2023, a pior seca em 121 anos, segundo o Porto de Manaus. Em 2010, o rio chegou a descer a 13,63 metros, sendo, assim, considerada a pior seca desde que as medições hidrológicas foram instaladas, em 1902.

No momento, o estado passa por uma seca histórica e enfrenta diversas queimadas na região. Com isso, a população tem sofrido com a falta de distribuição de alimento e água.

Segundo o senador Mecias de Jesus (Republicanos), desde o início da estiagem, as autoridades da região decidiram procurar especialistas para explicar as causas da seca. Ainda assim, nenhum deles conseguiu concluir uma justificativa para o fenômeno.

“A primeira delas seria o aquecimento do Oceano Atlântico, com o dipolo do Atlântico, mas sem explicarem por que aqueceu. A segunda seria uma redução da transpiração das árvores, como se estas estivessem com as axilas entupidas. Por fim, a terceira alternativa apontava para a fumaça produzida pelas queimadas”, destacou Mecias, em discurso no Senado Federal, nesta segunda-feira (16).

O senador acrescentou que o falecido estudioso do meio ambiente, norte-americano Robert Felix, escreveu em magistral livro, publicado na década de 90 do século passado, que o mar na realidade aquece muito, em razão da erupção de milhares de vulcões submarinos, ainda não devidamente estudados e totalmente desconhecidos.

Figura reconhecida por ser radicalmente contra a tese de que o ser humano é culpado pelo aquecimento global, Robert Felix escreveu que o mundo, ao contrário do que se imagina, está mergulhado numa nova era glacial. E que é somente questão de tempo para que essa condição se agrave abruptamente.

O estudioso rebatia os que falavam em excesso de carbono, classificando-os como “desinformados” e completamente dissociados da realidade em que vivemos, e garantia que a simples erupção de um vulcão é capaz de jogar na atmosfera quantidade de dióxido de carbono muito maior do que a produzida por todos os automóveis do mundo, em circulação, e por todas as fábricas existentes no planeta num período de cem anos.

“ Como simples observador, prefiro confiar e acreditar nessas pessoas que pesquisam e analisam como reconhecidos cientistas. Melhor do que ficar preocupado com especulações que trazem alternativas infindáveis, como se fossem itens miraculosos, saídos da cartola de algum mágico. Os que nada explicam querem creditar os males do mundo aos que trabalham e pagam impostos. Querem afundar o agronegócio a qualquer custo, e ninguém sabe a troco de quê. O estado de Roraima tem sido constante vítima dessa atitude. O que essa gente entende de carbono, para ficar aterrorizando com palavras vazias? Eles são graduados em química ou biologia? Têm doutorado em alguma dessas áreas? Temos registros das 10 piores secas que o Brasil já enfrentou, revelando a magnitude do sofrimento e a escassez de recursos hídricos em várias regiões do país”, bradou o senador.

O líder afirmou também que é indispensável a consulta de estudiosos que ofereçam respostas mais adequadas aos fenômenos da natureza, a exemplo do astrofísico inglês Piers Corbyn, que há anos prega a ouvidos surdos, assegurando que quem determina nossas condições climáticas é o sol. Nosso planeta obedece ao sol, no item condições climáticas.

“Não podemos e não devemos nos submeter a aventureiros que têm interesse em ver a derrocada do Brasil, apresentando fórmulas e soluções ultrapassadas. A riqueza só tem como ser produzida através do trabalho e da correta utilização de nossos recursos naturais. O Brasil tem tudo disponível e às mãos, para se tornar a potência do século 21. Nós só precisamos acreditar no nosso potencial e evitar aventureiros e conselheiros que buscam tão somente o lucro imediato, mesmo que isso cause a nossa destruição”, finalizou Mecias de Jesus.

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