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Brasil

Rio Negro tem nova baixa em meio à seca no AM

As chuvas esparsas que vêm caindo na região já ajudaram a melhorar a qualidade do ar em Manaus, mas não detiveram a queda no nível

Redação Jornal de Brasília

17/10/2023 20h57

Um dia depois de atingir o mais baixo nível da história, o Rio Negro, um dos principais rios amazônicos, continuou baixando Na manhã de ontem, chegou à marca de 13,49 metros, dez centímetros a menos do que na manhã de segunda, em Manaus, capital do Amazonas. É o nível mais baixo em 121 anos, desde que o monitoramento começou a ser feito.

As chuvas esparsas que vêm caindo na região já ajudaram a melhorar a qualidade do ar em Manaus, mas não detiveram a queda no nível dos mananciais. A seca deste ano é a pior da história no Estado.

O monitoramento é feito diariamente pela administração do porto de Manaus. A medição do fim de semana mostrou queda de 13 centímetros no sábado, menos 9 centímetros no domingo e menos 10 centímetros na segunda. A queda se repetiu na manhã de ontem. No último dia 10, o Rio Negro tinha cota de 14,29 metros, indicando baixa de 80 centímetros em uma semana. 

Queimadas

Embora poucas, as chuvas dos últimos dias também melhoraram o cenário das queimadas no Estado. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do dia 2 ao dia 8 de outubro 1.978 focos de incêndio foram registrados no Amazonas. Do dia 9 ao dia 15, o número total de focos no Estado caiu para 856, uma redução de quase 60%. Na segunda-feira, foram registrados apenas 11 focos de queimadas no Estado.

Manaus, que na semana passada foi considerada um dos piores lugares do mundo para se respirar por causa da fumaça das queimadas que cobriu a cidade, também está mais respirável. Segundo o monitoramento de qualidade internacional World’s Air Polution, a qualidade do ar saiu da classificação de “perigosa” para “moderada” e “boa”, conforme a região da capital. Nos últimos três dias, choveu média de 30,8 milímetros na cidade.

Na segunda-feira, o governo federal anunciou a liberação de R$ 324,3 milhões para ações de saúde, defesa civil e moradia aos afetados pela seca no Estado do Amazonas. O Ministério da Saúde destinará R$ 224,3 milhões para as prefeituras do Estado, dos quais R$ 102,3 milhões terão liberação imediata. Os outros R$ 122 milhões serão liberados em parcelas. O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade, que visitou Manaus na segunda-feira.

Os outros R$ 100 milhões serão destinados aos municípios afetados pela seca que possuem comunidades que estão localizadas em áreas consideradas de risco.

Estadão Conteúdo

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